10 abril 2008

Reticências...

Olhando a foto, foi quando eu descobri que tua ausência inda doía e o tempo que passou não me serviu como remédio. E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente. Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo. (Quis tanto ter você, depois silêncio). Mas nessa noite estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona... E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo... (Desculpa essas palavras com cara de choro): ainda há reticências.

Então descubro pequenos prazeres
Em grandes dores
Brinco de desafiar a solidão
Com minha companhia
Me perco de me achar
Nas sombras que me iluminam
Desenhando carinhos sobre a pele ainda não tatuada