30 novembro 2007

Além do tempo

Para mim, o verdadeiro amor, é o amor pleno. O amor que toma quem o experimenta.
Quem o vive percebe que nada mais no mundo, possui tanto valor! Apenas amar...
Esse amor é tão magnânimo, que estremece o Universo, muda o curso de qualquer história.
Esse amor tem muito para dar. Na fala desse amor, há tom de emoção em cada palavra pronunciada.
No toque desse amor, há sensação de se estar flutuando à cada beijo que possa ser trocado.
É um sentimento que invade tudo, preenche todos os espaços e faz com que qualquer tentativa de infidelidade seja vã.
Quando vivemos esse amor e acreditamos, do fundo de nossa alma nele, nos sentimos mais fortes que o mundo e somos tomados de uma serenidade, que vem da certeza, de que nada poderá vencer esse amor.
Nos entregamos com tal vontade à esse amor, que tudo ao nosso redor passa a ter vida.
As nuvens passam a formar desenhos, os soldadinhos de chumbo parecem marchar, a bailarina da caixinha de música à bailar e à sorrir.
Nos transformamos em crianças que diante da vida, têm o poder de condensar para si, toda a simplicidade, toda a luminosidade do mundo.
Esse amor está além do tempo.
*
Se eu não tiver esse amor, que eu não tenha nenhum, pois nada conseguirei ser...

29 novembro 2007

Sou sim!

Passei uma vida ouvindo criticas... “você é chata, é pegajosa, essa possessividade sua não é normal, blá blá blá...” Aí a gente passa a ser rotulada “ah, ela é diferente... não sei porque ela é assim...”. Hoje, não me importo mais com os “outros”, sou diferente sim! E daí?
*
Diferente não é quem pretenda ser.
Esse é um imitador do que ainda
não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado
de alguns mais e de alguns menos em hora,
momento e lugar errados para os outros.
Que riem de inveja de não serem assim.
E de medo de não aguentar,
caso um dia venham, a ser.
O diferente é um ser
sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato.
Mas é sempre confundido
por pessoas menos sensíveis e avisadas.
Supondo encontrar um chato
onde está um diferente,
talentos são rechaçados;
vitórias, adiadas;
esperanças, mortas.
Um diferente medroso, este sim,
acaba transformando-se num chato.
Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes
percebem porque os outros não os entendem.
Os diferentes raivosos acabam
tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro.
Diferente que se preza entende
o porque de quem o agride.
Se o diferente se mediocrizar,
mergulhará no complexo de inferioridade.
O diferente paga sempre o preço de estar
- mesmo sem querer-
alterando algo,
ameaçando rebanhos,
carneiros e pastores.
O diferente suporta e digere
a ira do irremediavelmente igual:
a inveja do comum;
o ódio do mediano.
O verdadeiro diferente sabe que nunca
tem razão, mas que está sempre certo.
O diferente começa a sofrer cedo,
já no primário, onde os demais de mãos dadas,
e até mesmo alguns adultos por omissão,
se unem para transformar o que é
peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura.
O que é percepção aguçada em:
"Puxa, fulana, como você é complicada".
O que é o embrião de um estilo próprio em :
"Você não está vendo como todo mundo faz? "
O diferente carrega desde cedo
apelidos e marcações os quais acaba incorporando.
Só os diferentes mais fortes
do que o mundo se transformaram
(e se transformam)
nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe
do que o consenso.
O que sente antes mesmo
dos demais começarem a perceber.
Diferente é o que se emociona enquanto
todos em torno agridem e gargalham.
É o que engorda mais um pouco;
chora onde outros xingam;
estuda onde outros burram.
Quer onde outros cansam.
Espera de onde já não vem.
Sonha entre realistas.
Concretiza entre sonhadores.
Fala de leite em reunião de bêbados.
Cria onde o hábito rotiniza.
Sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica
doendo onde a alegria impera.
Aceita empregos que ninguém supõe.
Perde horas em coisas
que só ele sabe ser importantes.
Diz sempre na hora de calar.
Cala nas horas erradas.
Não desiste de lutar pela harmonia.
Fala de amor no meio da guerra.
Deixa o adversário fazer o gol,
porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Ele aprendeu a superar riso,
deboche,
escárnio,
e consciência dolorosa
de que a média é má porque é igual.
Entre os diferentes eu estou.
Doendo e doendo,
mas procurando ser,
conseguindo ser,
sendo muito mais.
A alma dos diferentes
é feita de uma luz além.
Sua estrela tem moradas deslumbrantes
que eles guardam para os pouco capazes de
os sentir e entender.
Nessas moradas
estão tesouros da ternura humana.
De que só os diferentes são capazes.
Não mexa com o amor de um diferente.
A menos que você seja suficientemente
forte para suportá-lo depois.
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Eu tenho um sonho!
Meu sonho nasceu da vontade
de ser feliz e do desejo de te
fazer, igualmente feliz.
Meu sonho é único,
singelo, sem ambições.
Não desejo as estrelas,
o sol, a lua, o mar,
ou nada impossível.
Meu sonho é simples,
mas tem o valor de pedras raras.
Meu sonho é você.
Você, eu, uma rede, um lugar!
Qualquer lugar, qualquer rede!
Mas uma casa singular
e única, construída em devaneios por nós dois.
Um sonho lindo, puro,
cheio de magia e de encanto.
O sonho de ter você!
Ter você e alegrar os seus dias,
embalar os seus mais secretos
desejos, te fazer sorrir.
Eu tenho um sonho!
Um sonho lindo,
um sonho puro,
um sonho único!
Um sonho que não se vai.
Meu sonho é você.
Sem você não há mais sonho!
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28 novembro 2007

Espelho

Fui tua fantasia, enquanto você estava envolto nos meus sentimentos mais puros.
Fui só tua imaginação, enquanto te amo com verdades e com toda minha paixão.
Hoje de nós dois, apenas o que resta sou eu.
Sou o pranto que todas as noites acorda as estrelas e abala o silêncio dos céus.
Não serei recordação, mas serei o vento que canta livre te trazendo o meu cheiro.
Nunca me olharás realmente, mas me acharás no contorno dourado das nuvens que sobre ti andam, no sol que de ti se despede. Me acharás no reluzir da estrela solitária que te observa, na luz circundada da lua que te assiste.
Serei a tua alma em ave, pousando no solo da tua verdade.
Serei a liberdade lapidada em teu espírito.
Serei o segredo do teu coração.
Serei a lágrima pelo amor que não ousaste experimentar.
Serei a visão de que a realidade não se encontra somente na razão, mas profundamente enraizada, muito além do coração.
Terei sido o nada, enquanto você é o meu tudo.
Sigo só pela minha estrada e ainda assim, te encontro em mim, ao meu lado, e mais à frente.
Terás chegado ao fim da guerra que teu coração travou com tua razão; e eu então, serei apenas o tempo que você não quiz viver... e o espaço que não cabe em teu mundo.
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Quando você entrou na minha vida, conheci um mundo cheio de sonhos.
Um mundo repleto de alegria, que nunca tinha conhecido antes.
Aos poucos você foi me cativando com teu jeito de menino.E foi me prendendo lentamente, com seu jeito de homem.
Foi quando você abriu meu horizonte e fechando meu coração para a dor.
Fez o sol da felicidade brilhar e a tempestade da tristeza secar.
Queria um castelo feito só por nós, no meio das montanhas sob um céu anil.
Queria uma estrada bem florida só nossa, com o amor sempre viajando por ela.
Pois você é tudo para mim... É o meu sonho sem fim.
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No amor verdadeiro, ao abraçarmos a pessoa amada diante de um espelho, enxergamos um corpo só, envolvido em uma única luz. E quando sozinhos olhamos nosso rosto no espelho, vemos refletido em nosso próprio olhar, o brilho dos olhos de quem verdadeiramente amamos.
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Lembro que uma vez, que eu e ele fomos nos olhar no espelho para ver nossa altura... ( sou um pouquito mais baixa que ele...), e eu não preciso nem fechar os olhos para lembrar a imagem minha e dele, juntos, refletida no espelho, assim como o sorriso dele quando me via... eu fui feliz... eu já fui feliz... ele me fazia feliz... e mesmo que ele nunca diga isso para si mesmo, eu também fiz os olhinhos dele brilhar como os meus.

27 novembro 2007

Menos eu

Sabe aquela história de que o que a gente precisa mesmo é do lobo mau? Pois eu concordo! E posso dizer que sou uma felizarda, pois eu encontrei o meu!
Sempre fui muito certinha, ajuizada e responsável. Claro que não uma completa "Caxias", mas algo próximo ao padrão desejado, se é que você me entende.
Mas quando encontrei esse homem, ele foi capaz de me fazer perder a linha, de deixar o meu coração em sobressaltos, de me levar ao estado de ira e prazer extremos em poucos minutos. Quer coisa melhor?
Com ele eu perdia o juízo e fazia uma porção de coisas coisas bobas... Me sentia feliz em desprogramar o programado, e sentir sono o dia todo por causa de uma noite anterior ter ficado até de madrugada dizendo para o Pedro tudo que meu coração apaixonado sentia.
Com ele tinha a sensação e certeza, de que, se um dia, mesmo que eu não fizesse nada o dia todo, mas que se eu pudesse estar perto dele, o meu dia seria sempre bom.
Com ele quintupliquei meus conhecimentos, passei a me interessar mais em ser como sou, e travei inúmeras discussões sobre o verdadeiro sentido da vida.
Descobri que gosto de carinho, de cama e do que se faz em cima dela. Descobri também que ela (a cama) não é sempre necessária para que o desejo tome conta. Outros ambientes podem ser beeeeeeem mais interessantes.
Enfim, posso dizer que ele me super realizou.
Quando esse homem, desavisadamente, cruzou o meu caminho e eu agarrei tão forte, mas tão forte, que posso garantir que ele não sairá da minha alma assim fácil.
Assim como não foi fácil conquistá-lo, mas isso é tema pra um outro dia!
Agora... reconquistar ele... não tenho chance! Ele tem "todas" ou pode ter todas, isso era algo que eu sempre dizia à ele... que ele poderia ter quem ele quisesse, e devido à isso... ele nunca iria querer à mim.

26 novembro 2007

O tempo

Segundos...
Minutos...
Hora...
Dias e Meses...
Deus ainda prepara os intermináveis anos...
E não me canso de dizer...
Eu amo você...
Que com o passar do tempo, possamos ir um ao encontro do outro e nos abraçarmos forte e carinhosamente dizendo... estava com saudades de você...
O tempo nunca me tira a saudade que sinto dia após dia...
O tempo não me tira esse aperto no coração...
O frio na barriga...
O brilho nos olhos...
A sinceridade...
A fé...
A confiança...
O respeito...
Os arrepios...
Os desejos...
Os sentimentos que se misturam a ponto de não saber mais quais são quais...
Teu cheiro...
Tua pele...
Teu calor...
Meu amor por ti...
O tempo não faz as coisas se tornarem cinzas...
E a cada dia que se passa sonho em chegar perto de ti...
E que meu futuro seja presente, pois não sei por quanto tempo vou estar aqui...
Que no ultimo dia de minha vida tenha sida cumprida a beleza e a prece do começo...
E que nossa historia, possa ser um dia, uma historia sem fim...
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Nós já fomos plantas misturadas
Frutas diferentes se lambendo na tarde
Seu ombro entre meus lábios úmidos
Cordas paralelas cantando o mesmo som
Minhas mãos nas suas costas tocando piano . . .
Sua boca no meu ouvido temendo gemer
A luz derramada no desenho de meu cabelo
A sombra da sua mão iluminando meu peito
Unhas cravadas nas suas costas
.
-Vê se gostas... eu pergunto de joelhos
.
Seus cílios agora pesam em meus ombros
Uma lágrima pula para o meu calcanhar
Todos os seus braços rodeiam minha cintura
Pena serem tão poucos pra conter o teu cheiro
Nós já fomos plantas misturadas
Frutas diferentes se lambendo na tarde.

25 novembro 2007

Meus beijos

Se você tem um baú.
Ou uma caixinha de jóias
Quem sabe um cofrinho.
Ou saco plástico, bem grande.
Use para guardar meus beijos.
Eles se escassearam com a distância.
São como um rio enorme, secando.
Minha boca agora é um arquivo morto.
.
Guarde bem meus beijos.
Tenho todos os seus aqui.
Guardei-os carinhosamente.
Número de série, código de barras.
Cataloguei, datei, beijei de novo.
Deixaste em mim a impressão labial.
Como disse Augusta: boca benta de paixão!
.
Guarde bem meus beijos.
Com todo o meu carinho.
E surpresa de um amor inédito.
Ainda que o mundo andasse para trás.
Eu te beijaria novamente, em dobro.
Beijaria-te lentamente, mais fundo.
Beijaria-te ardentemente, crepitando.
Fecharia os olhos e guardaria o teu beijo.
Para sempre em minha boca.
Benta de saudade.
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Meu sono é interrompido de duas em duas horas por uma tristeza que não dá trégua, eu olho para o teto, fecho minhas mãos com uma força que quase faz com que minhas unhas cortem minhas palmas e deixo a onda da dor vir, ela me sacode inteira, me joga numa profundidade sem som e me afoga por completo. Abro as janelas porque preciso de ar, mas nunca tem ar para meu pulmão afogado. Coloco o santinho que meu avô me deu no peito e peço a ele: você já morreu por amor, não deixe acontecer o mesmo comigo.
Amar dói tanto que você volta a lembrar que existe algo maior, você se lembra de Deus, você se lembra de vida após a morte. Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria.
Não adianta, não vou dormir mais. Mas vou fazer o que então? Em minha cama me lembro de você... beber água me lembra você... viver me lembra você.
Vou me levantar agora e ir para onde? Tomar banho? Tomar café? Não tenho nenhuma vontade de existência, seja de vaidade ou gula. Só quero ficar deitada, mas ficar deitada também dói. O mundo não tem posição confortável pra mim, aonde vou, essa merda de dor horrível vai junto.
Chorar não adianta, eu seco de tanto chorar e não passa. Ver TV, falar ao telefone, escrever, ler… nada adianta. Se está chovendo eu choro, porque eu queria ouvir o barrulhinho da chuva deitada ao seu lado... se está sol, e eu choro porque você ficava feliz com o sol e você feliz era tão perfeito que eu tinha medo. Eu abro o guarda-roupas e me entristeço porque eu não quero ficar bonita, eu não quero dar a volta por cima, eu não quero ficar bem pra você pensar que eu estou bem e quem sabe ter saudades. Choro porque acho ridículo os jogos da vida, qualquer coisa é ridícula perto desse amor que é tão simples e óbvio.
Nada, nada aconteceu para o mundo. E eu me sinto minúscula e sozinha por não ter a cumplicidade da vida lá fora, por ter que sentir tudo isso sozinha.
Odeio a ordem de tudo, odeio a funcionalidade de tudo, odeio que a TV ligue, que o telefone toque, que meu estômago peça comida, que japonesas riam fora de hora, que meu carro corra, e, principalmente, que você esteja longe de mim.
Eu era sua, a sua menina, a sua criança, a sua parceira de dar risada de tudo, a sua namorada, a sua melhor amiga pra dividir segredos da alma... Eu era a mulher que te olhava apaixonada e que sabia que meus olhos brilhavam quando eu olhava para você, e que sabia que tinha nascido a partir de você, eu era a mulher que esperava sofridamente a oportunidade de te ver, mas que nunca deixou de te amar mesmo quando não podia te tocar.
Todo mundo me fala que eu preciso ser minha, inclusive pra ser sua, mas eu não deixo de olhar para o espelho e ver uma metade de gente, uma metade de sonho, de sexo, de alegria e de futuro.
Eu sou mesmo uma metade sem você!
Se antes de você aparecer eu já te amava, eu já te esperava, eu já sabia que você existia, como eu posso não te amar agora que você tem forma, sorriso, coração e nome?

24 novembro 2007

Vem!

Vem! Porque eu desejo teu halito quente no pescoço, para sentir do prazer o bafejo. Por tua volta eu torço. Porque o amor é fruta nova colhida na arvore da espera, e traz à vida de quem o prova os cantos da primavera. Sabendo à carne, perfume de rosa, que venha com todo seu vigor, com sua arte primorosa de fazer sorrir sentindo dor. Vem! Porque tudo é prova, tudo é sal que retempera um amor ressuscitado em nova flor de primavera.


23 novembro 2007

Afinidade

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depoisque as pessoas deixaram de estar juntas.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmosfatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar. Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. Só entra em relação rica e saudável com o outro, quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar, não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceitao outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a influência.
Questionamento de não afins, eis a guerra. A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintonia com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores latentes, com irmãos do não vivido? A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceuo vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relaçãoexatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidasnem pelas pessoas que as tem. Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes. Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a afinidade é a sua existência também depois. Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depoisencontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta, ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas, plantios de resultado diverso. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades vividas. Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.

22 novembro 2007

À la carte

O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
.
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos
Viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo
Ri do meu umbigo
E me crava os dentes
.
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz
.
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca
Quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
.
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios
De me beijar os seios
Me beijar o ventre
E me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo
Como se o meu corpo fosse a sua casa
.
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz
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Ando só com meus pensamentos proibidos.
Ando só com meus ideais, minha sede de te encontrar
Ando só na minha mania de querer te ter.
A minha solidão é crônica.
Me persegue nas maiores multidões.
A minha solidão é obsessiva.
É neurótica, porque quando não estou só, procuro estar.
Ando só na minha loucura de pensar em coisas que não devia.
Ando só porque sonho demais.
O mundo tem vácuos que são preenchidos por dor, e ilusão.
E eu me preencho no meu próprio vácuo com a minha solidão.
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Creio que a maioria das pessoas que conheço, e que também nem conheço ( acho que na verdade a cidade toda sabe disso aqui... ), sabem o quanto você é importante para mim, o quanto me importo com você, o quanto lhe amo. Sinceramente, tenho orgulho em te amar, não porque você é todo lindo, mas pela pessoa que você é, por esse encanto que você tem, e para mim ninguém é mais do que você... ninguém...
"Obrigada" por ter entrado aqui um pouquinho. Aqui é a forma que eu tenho de te sentir um pouquinho perto de mim.
*
*
*
Mas um dia vou roubar você pra mim...

21 novembro 2007

Você

biquinho.....pra dá beijinhu...
*
Você é uma canção escrita pelas mãos de Deus. Não me entenda errado, pode soar um pouco estranho mas, você é o dono do lugar onde todos meus pensamentos vão se esconder, você é onde eu os encontro. Por causa de você eu esqueci das formas inteligentes de mentir. Por causa de você eu fujo das razões para chorar. Quando os amigos se forem, as festas terminarem, nós ainda pertenceremos um ao outro. Te amo mais que tudo. Viver, falar, andar, respirar... tudo em você é minha realidade. Como toda voz depende do silêncio estou presa a este sentimento... Foi por ti que escrevi mais de cem poemas cheguei a esquecer seus erros, E conheci mais de mil formas de beijar, foi por ti que descobri o que é amar. Devolve toda a tranqüilidade, toda a felicidade que eu te dei e que perdi devolve todos os sonhos loucos que eu construí aos poucos e te ofereci devolve, eu peço, por favor aquele imenso amor que nos teus braços esqueci, devolve, que eu te devolvo ainda esta saudade infinda e esse amor louco que eu tenho por ti. (Autor:Mário Lago)

20 novembro 2007

Só pra mim

Como se a praça fosse sua
ele canta para a lua
canta para ela, o trovador.
Quando abro a janela
vejo que ele olha pra ela
mas não sou o seu amor.
.
Ouvindo baixinho sua canção
que enche de vida a solidão
sua música me arrepia...
Sozinha no quarto me tranco
mas queria estar com ele no banco
aplaudindo sua poesia.
.
Queria fazer parte de sua canção
na verdade, queria ser seu violão
o violão, do poeta, do trovador.
Nessa noite de aragem tão fresca
sinto uma angústia gigantesca
mas ele, desconhece minha dor.
.
Sua música no ar avança
como uma suave lembrança
na noite, que parece não ter fim...
Ai meu Deus! Como eu queria
que sua música um dia
fosse endereçada, só pra mim...
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Arde em mim, o desejo de tocar-te com dedos de seda e flor. De adentrar teu silêncio e tua alma, profanando teus segredos, decifrando-os com a minha língua ávida, faminta dos teus sabores.
Arde em mim, o desejo de horas partilhadas, sede e fome saciadas.
Arde em mim, o desejo de buscar-te na noite em que te guardas, arredio, da minha palavra.
Porque começo onde termina o teu silêncio... E termino onde cala a tua voz.
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SE

Você disse que não sabe "se não"
Mas também não tem certeza que "sim"...
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim...
Pode ser se é assim
Você tem que largar a mão do "não"
Soltar essa louca
Arder de paixão
Não há como doer prá decidir
Só dizer "sim" ou "não"
Mas você adora um "Se"...
...
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em "zero" a "zero" eu quero "um" a "um"...
Sei lá, o que te dá
Não quer meu calor
São Jorge, por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não...

19 novembro 2007

Um dia...

Um dia chega o amor. Inesperadamente. Eu não programei nada, nem tinha expectativas. Mas quando conheci ele comecei a me encantar, descobri mil afinidades... De repente me dei conta de que o jeito, a voz, o som da risada dele, as idéias, tudo me atraia. Eu passei a ter necessidade dele. E não é ruim como uma dependência química, mas é uma dependência química. O meu coração acelera só de lembrar dele, rio nervosa, as mãos suam frio, fico inquieta balançando ou chacoalhando as pernas ( coisa que incomoda todas as pessoas que me conhecem, mas quando se irritam muito com essa mania que tenho, eu mudo o jeito do movimento, o que incomoda os outros da mesma forma...). Passei a ter necessidade de "consumi-lo" diariamente, como não o tenho, eu enlouqueço. O meu corpo passa por estranhas reações... tudo perde a graça, a razão de ser... "Nossa como você é apaixonada! Não vê?" - alertam os amigos. Sim, eu sei disso!
Quando eu falo dele minha voz muda. Meus olhos brilham. Não há quem não note isso. E começo a achar tudo lindo, tudo azul... Se eu pudesse diria diante da janela dele "arránquense, muchachos!..." e começava uma serenata pra ele. Um dia me dei conta de que tudo que vivi foi pra me trazer até ele... (parece comercial de carro, essa frase...) Mas é verdade: a vida me preparou pra encontrá-lo. São muitas coincidências, muitas. Os nossos caminhos foram, devagarzinho, encostando-se um no outro.
Um dia o amor abriu a porta, olhou nos meus olhos e me deu o abraço mais gostoso que já ganhei na vida... E foi algo bem natural, como se eu soubesse que aconteceria tudo, daquele jeitinho...
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Por falar em serenata, eu ficava imaginando o dia em que eu fosse fazer uma serenata para ele... Podem rir quanto quiser... eu só queria poder fazer à ele tudo o que nunca fizeram pra mim.

18 novembro 2007

Ao vento...

Foto:Serra de Btu.
( lá... deixei o vento espalhar minhas lágrimas... por alguns minutos fui mudar de lugar o cenário da minha solidão... )
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Quando você vier, haverá o encontro da sua busca com a minha espera. E o seu abraço será a moldura do meu corpo. E a minha boca o pretexto para o seu mais demorado beijo. E a gente vai brincar de se desmaterializar dentro da música, de desatar auroras, de escrever poemas de orvalho... E eu vou inventar uma madrugada eterna pra quando você tiver que ir embora no dia seguinte. E você vai inventar um domingo que vai durar pra sempre porque tenho preguiça das segundas-feiras. E a gente vai rir dessa maldade da demora do tempo por fazer essa brincadeira de desencontro: que quase está me deixando descrente...

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Eu não escrevo só por escrever, Gosto de passar para o papel o meu viver, Escrevo sobre o que eu penso, Digo o que me vai na alma, Escrevo porque me faz sentir mais eu, Escrevo para desabafar... Libertar o que está aqui dentro... O que me deixa feliz e o que me entristece.

17 novembro 2007

Me toma!

Toma cuidado comigo, moço!
Que eu não tenho vergonha
de te pedir que me ponhas
no meio dos teus desejos
.
Toma cuidado comigo!
Que eu não tenho juízo...
pois sei que é teu o corpo de que eu preciso
.
Toma cuidado!!!
Que eu não meço esforços...
Pra me espalhar na tua pele
pra me molhar nos teus pêlos
.
Me toma!
- antes que eu apele!
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Não quero medir a altura do tombo, nem passar novembro, esperando dezembro...

16 novembro 2007

Só eu

Fico somente com o frio da janela sem flores... o barulho da chuva no teto e o ruído do portão batendo... Tenho como companhia somente minha sombra, minha própria sombra e o meu reflexo no espelho. Permaneço com a sinfonia de silêncio que me acolhe... até em meus sonhos eu não sei quem sou: talvez uma louca com seus pensamentos insanos, talvez uma fada que dança entre as palmas daqueles que ainda acreditam... ou talvez uma mulher que espera um pouco de afeto de alguém inundado de sentimentos. Que o medo da solidão se afaste, que o meu cansaço não me deixe desistir do que ainda não sei... pois em metade de mim existe o amor, mas na outra metade... só eu... eu só...

15 novembro 2007

Ele... Meu tipo inesquecível

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

14 novembro 2007

O amor permanece!

Amar é um jeito próprio de sentir.
O amor surge nas horas mais inesperadas no breve momento em que descobrimos em silêncio, uma simples coisa bonita...
Quando vemos uma flor solitária que ninguém mais soube ver...
Ou quando achamos um cantinho calmo, bem a jeito, e aí ficamos sentados com o pensamento a vaguear...
O amor surge nas coisas mais pequenas, pode começar no dia em que, pela primeira vez, fazemos confidências a alguém ou quando ajudamos quem precisa de nós.
O amor vem devagar e, no entanto, é de repente que a gente o sente chegar, já não estamos mais sozinhos e em nós já não há tristeza alguma.
Eu Amo com amor, jamais com interesse.
O carro é frio e insensível;
As roupas bonitas e coloridas não representam nenhuma emoção;
O físico forte é atraente, mas decepcionante.
Sim, tudo é belo, mas nada é real... a não ser … a não ser que se Ame...
Aquilo que é material degenera e enferruja.
O dinheiro maltrata e mata.
As casas e prédios são consumidos pelo tempo.
As roupas saem da moda.
O corpo apodrece.
O mundo acaba.
O amor fica!


13 novembro 2007

Sempre

Vou sempre expressar meus sentimentos, dizer coisas que falem ao teu coração, vou ouvir todas as palavras, mesmo as que teus lábios não pronunciam... Queria não pensar tanto em você, mais saber falar e ouvir, mais não tenho como te ouvir e nem falar com você, apenas pensar... Não vou ter sentimentos egoístas e possessivos, apenas desejar o teu presente mais precioso...a pureza do teu amor. Vou chorar todas as lágrimas do mundo, mais não quero ver nenhuma lágrima rolar da sua face. Se um dia eu estiver ao seu lado, vou saber te fazer sempre sorrir, de alegria ou felicidade, pois o seu sorriso é o meu momento mais belo. Vou saber aonde você quer chegar, e qual é o caminho para estar sempre perto de você e guiar os teus passos, ter sabedoria de ser feliz, para dar toda felicidade que você merece... Não quero porém te amar como se ama... Eu Te Amo como ninguém!!!
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Alma Gêmea, entre o ontem o agora e o depois... Venho buscar-te, e talvez foi o muito que ficou interrompido pelo seu segredo de onde quis encontrar-te, e ...Venho no agora às lembranças que quis te deixar, eu preciso vivê-las e encontrar a saída, pois me vejo no seu espelho, me acordo no seu meio e... Venho, não me deleito pois a razão que me traz é a certeza de te encontrar, sigo por caminhos que você pisou, revivo marcas que desenhou, e sei que de ti não vou deixar e... Venho esmagada pelo ontem e o amanhã, pelas linhas escritas de uma história, murmurando, uma simples frase: "EU JÄ CONHEÇO VOCÊ".
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eu ispelandu...
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12 novembro 2007

À força...

!!!!!!!!!


Bom.................... o blog é meu, e aqui eu escrevo as bobagens que eu quiser! Os que não gostar que se fodam! Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

11 novembro 2007

Um livro

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( Não, não escreveria um livro, sou péssima na escrita, também não iria conseguir, afinal nem conquistar ele eu consegui... Mas se eu tivesse feito... e comentasse algo de algum trecho... )...
*
...Eu omiti que ia publicar um livro com a nossa história real. Foi de pirraça e de amor não correspondido que eu escrevi aquilo tudo. Mas saiba, eu cuidava pro meu coração não acreditar naquela tristeza, você sabe, eu não sou assim. Eu só consegui, mesmo com meu coração tão apertado, falar do amor do jeito que a gente acreditou um dia nas primeiras frases. Depois tive que escolher cada uma daquelas palavras ácidas porque não podia levar teu personagem pra guilhotina, o protagonista não pode morrer no meio da trama. Mas eu não sabia mais o que fazer, eu queria desistir do teu personagem porque me doía inteira ele sendo. Escrevi desgostosa tuas desventuras, entenda, eu era a narradora onisciente, eu era deus naquela ocasião e você havia me magoado tanto na página 143. Pode parecer loucura, mas não fui eu quem escolheu você me acompanhar até o taxi como quem entrega um pacote. Não podia ser num cenário mais mal-composto. Como autora, eu pensei que pudesse ser a mulher mais incrível do livro, a mais sedutora, a mais amada. Mas parece que teu personagem foi me dominando, querendo me magoar, querendo me fazer sentir que eu era só mais uma. E, quando eu achava que tinha todo o controle da situação, você me surpreendeu no final do capítulo cinco, arrumando qualquer tipo de mulher só para ficar fora das minhas páginas. Desculpa eu ter sentido tanta raiva, mas as pessoas vivem essas coisas, até as mais espiritualizadas. Eu tive muita raiva de ser a narradora de uma história que eu não controlava mais. Você podia ter me poupado da sua autonomia, mas saiu, no meio do parágrafo, se entregando a qualquer uma, saltando minhas vírgulas, tropeçando minhas aspas, desrespeitando meus parênteses. Eu tinha escrito uma cena na praia, no finalzinho da tarde, essas coisas que englobam uma lua inédita e roupas espalhadas pelo chão, enquanto o casal toma um banho de mar num clima romântico. Mas a sua rebeldia me fez se humilhar para você e ficar discutindo sozinha meu ciúmes exagerado num capítulo inteiro. Você bagunçou todo o meu roteiro. Foi por isso que queria uma forma de fazer com que o seu personagem tivesse mais defeitos que charme. Eu queria ferir tua vaidade usando teu nome e sobrenome verdadeiros para que não houvesse dúvidas de que era sobre você que eu estava falando. E soterrar todas as suas qualidades naquele bloco de texto. Mas nunca faria isso, isso me é impossível faze-lo... Eu omiti que ia publicar um livro com a nossa história real porque eu não queria que você descobrisse, antes da primeira edição esgotada, que a tua crueldade ia me render um best-seller.
*
Eu só escrevo por não saber o que fazer com as mãos, já que não tenho você pra te tocar.

10 novembro 2007

Olhar...

O olhar é algo que caracteriza uma pessoa, como se de uma impressão digital se tratasse... algo inconfundivel... uma marca de nós próprios que quem nos conhece jamais confunde! Cada olhar nosso exprime um sentimento, uma emoção vivida ou, por vezes, perdida para sempre! Num olhar encontramos conforto, um abrigo... num olhar revemos uma vida que outros olhos tiveram o prazer de ver... num olhar procuramos cumplicidade, algo que nos diga que naquele exacto momento, estamos onde deveriamos estar, qualquer que tenha sido o caminho que nos levou a esse momento...

09 novembro 2007

Desejos profanos

Minha boca percorre o teu corpo tremendo
Descobre cada espaço escondido
Minha boca perversa e doentia
Sem fé, nem compaixão
Com paixão testam os teus instintos
E provam o teu desejo
Vagueiam por entre os selvagens sonhos
Escorregam pelos minúsculos e ausentes pelos sobre a pele
Um arpejo, um solfejo
Uma música, concerto para piano
Em que a minha lingua é de um compositor
Que descobre a escala de sustenidos
E o piano é o teu corpo
As brancas, a pele
As pretas, o suspiro
A acompanhar, uma orquestra de arfares
De inspirações e expirações...
Há um sabor a prazer na minha boca
E um cheiro a ansiedade no meu cabelo
Os corpos fundem-se
E já não sei qual é o meu...
Talvez sejam ambos teus...
Eu, por mim, dou-me por completo
Caminho como que em suspenso
Pairo no grito...
Não resisto!
Não me tentes, não me experimentes
Neste momento não tenho controle sobre os meus atos
O calor sobe e trás-me a lágrima
Sinto-me livre e maior
Sinto-me presa e frágil.
Não podes imaginar o poder que tens sobre mim
E sobre ti, a minha boca
Continua a jornada
Descobrindo, explorando
Fugindo, resistindo
Falhando, brincando
Manipulando, cercando
Tremendo, morrendo.
A minha boca...
Tão frágil ou ágil?
Tão fermente ou incompetente?
Tão certa ou liberta?
Tão frequente...
Tão dormente...
Tão carente...
Inocente!
Os meus lábios tocam os teus
A minha lingua prova a tua
A tua respiração controla a minha
e minha voz segue a tua...
*
*
Às vezes chego até mesmo a sentir
O teu corpo em minhas mãos...

08 novembro 2007

Dou-te o paraíso, mas necessito do teu perfume...

Hoje eu acordei indócil como são as fêmeas que clamam pelo sêmen. Das que querem beber o líquido quente e viscoso que o verbo derrama no ventre da poesia. Indócil de energia represada, desse ardor inclemente, da vontade da palavra molhada, e essa intimação para o passeio lúbrico entre as frestas. Indócil, súbita e assumidamente oferecida. Daquelas que se despem salivando penetrâncias. Crestada como flor ao sol enxugando-se do orvalho. Planta carnívora, suor íntimo de mar, um cheiro fresco de mato. Banho de rosas vermelhas, recendências de almíscar, sinfonia de gemidos. Indócil de tanta força entre as pernas, predadora consumindo a presa entre as coxas.
*
Dispenso pontes, despeço pudores, despisto a distância
e atravesso a nado o rio...
Porque hoje eu acordei indócil dessa vontade de tê-lo...

07 novembro 2007

Fotinho

Por falar em foto... segue abaixo um link para se fazer download de um arquivo que tem uma fotinha... para relembrar dos velhos tempos ( digamos assim )...
o icone para download está no finalzinho... como fotinho.doc
"Após" o download do arquivo word, ao abrir... vai pedir senha, porém, é somente para quem dediquei este blog...Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket
"Se um dia" você entrar aqui Pedro, a senha é a mesma que era usada no parrap.angel...

06 novembro 2007

A foto dele

Por que uma fotografia não é só uma fotografia... por que os olhos gravados em uma fotografia me lembram o brilho original que os olhos dele tem... Por que uma foto nos traz as mais escondidas lembranças... Por que para mim, mas que um enfeite, a foto dele ao lado da minha cama, serve para amenizar a saudade...
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Realmente fotografia é algo que encanta muitas pessoas e pra mim elas passaram a ter uma grande importância.
Uma simples foto de alguém que esta longe pode alegrar seu dia às vezes.
Quando olhamos uma foto podemos fazer uma retrospectiva de vários momentos vividos ao lado dessa pessoa. A foto dele, está sempre perto de mim.... e eu olho para ela e lembro de cada detalhinho... A fotografia dele é o retroprojetor de toda uma historia, o pano de fundo pras minhas lembranças guardadas. Olhando os olhos gravados nessa foto, sempre me lembro das vezes que admirei eles pessoalmente sem saber que um dia estariam tão distantes. Olho aquela foto e às vezes me vejo sorrindo, choro, me lamento e penso muito. Tive com ele momentos únicos, momentos de pequenos detalhes. Detalhes que fazem a diferença.
Me imagino às vezes, dentro daquela fotografia sentindo a presença dele, ouvindo sua voz, sentindo sua respiração e seu toque.
Às vezes lembro também do quanto estamos distantes, de quanto tempo não vejo aqueles olhos, de quanto tempo não sinto aquele toque e choro...
Olhar para a imagem dele, eu revivo o começo, sinto os capítulos do presente e sonho com um final feliz pra historia...
E tudo isso simplesmente olhando para uma fotografia...
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De espantos e de saudades sobreviverei a cada dia como se fosse o ultimo. De orações serão feitas minhas noites, pedindo em razão da sua pele. Que minha vida acabe o mais depressa possível pra eu poder sentir que enfim acabou. Mas se minhas orações forem ouvidas... quero acordar e ver seu rosto no travesseiro ao lado como se nada tivesse acontecido. Quero velar teu sono, ver você ali esticado acabado por uma noite de amor e belos sonhos. Sonhos... terei eu aos montes quando puder sentir você de novo, terei sonhos, desejos e anseios por felicidade. Terei uma porta de sentimentos escancarada para você. Terei beijos e abraços pra ofertar, e tudo o que eu queria ter, é sua face todos os dias ao meu lado quando acordar.
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Já não quero tentar descobrir porque sou tão só... e nem porque ele me despreza... com certeza, se eu souber, vou me magoar muito mais.