04 março 2008

Pra te encontrar, foi que eu nasci!


Em ti o meu olhar fez-se alvorada
E a minha voz fez-se gorjeio de ninho
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho
Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulgo de Espanha, em taça cinzelada
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra de um caminho
Minhas pálpebras são cor de verbena
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci
Tens sido vida fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei... se te perdi...