02 março 2008

"É ele!"

*Foto* Adivinha quem é????
* (Conforme pedido, copio e colo o e-mail recebido aqui)*


Querida, sempre lhe admirei, não porque foi uma das minhas melhores alunas, mas pela graciosidade e pureza de teu coração. Você sabe de minha história, eu sei que já lhe contei pessoalmente, mas quero que você a coloque em sua pagina da internet. Resumirei de forma entendível à todos. Por favor, coloque este email da mesma forma como aqui lhe envio. Obrigada!

Estimada Regiane, a algumas semanas atrás, quando a encontrei, lembro-me que lhe disse, que é jovem e bonita, e que a melhor fase de sua vida estava passando, e que deveria se dar a chance e namorar alguém, afinal deve haver inúmeras pessoas que gostariam de ter a sua presença tão agradável. Você, com seus olhinhos que sempre brilham tanto, respondeu-me, - Professora, você não entende, Eu nasci para ser de um homem só.
...
Conheci Olavo aos 14 anos de idade, aos 17 começamos a namorar, era um namoro feliz, perfeito para nossa época, mas aos 19 anos ele mudou-se de cidade, e terminamos assim o nosso namoro.
Eu o amava mais do que tudo em minha vida, mas era jovem demais e não sabia lidar com tanto amor, e devido à isso o perdi quando ele se mudou.
Ele, algum tempo depois, conheceu outra jovem, da qual casou-se, teve filhos, netos. Apesar da trajetória da vida, inúmeras vezes, em algumas viagens, nos víamos de forma repentina, o que ocasionalmente gerava algum contato de poucas palavras.
Ele, de certo que eu já o tinha esquecido, não sabia que tinha em mim todo aquele sentimento ainda guardado como um grande tesouro.
Eu me formei, trabalhei minha vida toda como Professora, não me casei, não namorei, não amei outro. Na verdade querida, nunca mais beijei outro homem, a não ser o Olavo, no silêncio de meus pensamentos e sonhos.
Eu não o esperei, apenas o amava, mas meu coração sabia dos truques da vida.
A quatro anos atrás, em uma viagem, encontrei Olavo ao acaso, sozinho, viúvo, e ainda elegante como sempre. Reatamos um relacionamento da juventude, e estamos hoje juntos, casados, e felizes como nos meus sonhos.
Tenho 63 anos, sou uma mulher apaixonada, e “entendo sim” querida, o amor que tenha no coração.
De quem deseja que você ame sempre,
Maria Elvira Gonçalves
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Depois desta, acho que nem tenho o que dizer, mas vou tentar responder....
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Quero contar algo, preciso contar a alguém que não seja eu própria. Falta-me a coragem para dizer que ele é casado... Não quero que ninguém julgue de ânimo leve esta história... porque sei que esse será o pensamento imediato. Nós não éramos, nem nunca seríamos aquele caso vulgar, onde é fácil estar porque também não há sentimentos envolvidos. Não... aqui, os sentimentos foram inexplicáveis desde o inicio.
Conheci ele em 2006, por vezes ainda, vou revisitar a primeira vez que ele escreveu para mim, e a primeira foto que ele me enviou, e ainda lembro de quando vi a primeira imagem dele... não sei porquê, murmurei, quase inaudível, "É ele..."
Não me enganei. Ele foi entrando na minha vida com palavras diárias, como eu na dele. Descobri um homem tão belo, tão inteligente, tão só... Quando ouvi a voz dele a primeira vez, tremi. Logo depois já tinhámos revelado um amor intensamente sentido apenas em palavras, e vozes, sem qualquer toque físico. Foi depois também de saber a verdade da sua vida, depois do dia em que escolhi tê-lo, acreditar... Fomos loucos? Estávamos apostando em nós...
"Te amo”, é a primeira coisa que dissemos quando nos vimos pessoalmente num abraço que jamais esqueço. O amor devia começar sempre assim, desta maneira pura ...
Como é que eu posso esquecer de cada detalhe? Como eu podia não acreditar profundamente neste homem, neste amor?
...Ambos sofremos o silêncio da ausência imposta por uma realidade que nos feria. A vida deste lindo anjo já não estava preparada para encontrar o grande amor. A minha estava... buscava-o, esperei por ele com fé, durante muito tempo. Sempre soube que ele existia. Quando chegou, bastou-me entregar o que já lhe pertencia por direito eterno: o meu amor, a minha alma, o melhor de mim.
Não é fácil, queria encontrar respostas que levassem à certeza de que seria a escolha incontestável na vida do homem que amo infinitamente. Que me amava da mesma maneira, não tenho qualquer dúvida.
Eu um dia chamei-lhe amor impossível e ele pediu-me: não diga isso, não é impossível, a situação é apenas muito difícil...
Eu sei que a relação dele está morta. Que o vazio dos dias se arrasta há anos. Que no seu quarto existe apenas uma cama vazia de amor ou desejo, apenas duas pessoas que dormem juntas. Mas sei também que os anos, o julgamento dos outros e uma vida muito estável e estruturada têm um peso incomensurável.
Talvez ninguém acreditasse em nós senão eu...
Eu acredito e sempre acreditei em nós.
Obrigada por me lerem. Não me julguem mal, apenas acredito num grande Amor.
Obrigada também pelo lindo apoio já expresso em comentários carinhosos e cheios de força. Não vou negar: preciso muito.
O Amor não escolhe hora, condição, cor e nem mesmo sexo.
O importante é não haver verdades escondidas.
Quanto à minha paixão, está tudo "preto no branco" e isso é muito bom para quem sabe um dia, possa tê-lo.
Este espaço é todo para ele, às vezes, penso em fazer outro, para que ele nunca venha a saber, para além de necessitar continuar a falar desta paixão, escrever está-me no sangue.
Talvez fosse melhor, ele nunca saber desde espaço.
Afinal, vocês podem certamente entender que a partilha dos sentimentos é desigual e não queria mais que assim fosse. Lendo-me, ele sabe sempre que continuo apaixonada por ele e, como tal, não necessita de procurar-me. Quem sabe, se eu deixar aqui, daqui para a frente, se ele quiser saber de mim, procurar-me-á, entendem?!


"Sei que as horas correm ao nosso encontro...
Que o nosso olhar nos vai transportar de novo ao fundo das nossas almas, que nos vamos unir e amar, querendo parar o tempo.
O elevador se abre e saio dele lentamente.
Por debaixo da minha blusa, sinto o coração a bater mais depressa.
É aí que tu resides, meu pedacinho...
É aí que sinto que me chamas...
Unidos, abraçados, seguimos quarto adentro.
Parece que nasci há meia hora.
E já só sei amar-te, meu amor... "