22 janeiro 2008

Eu!

Sou o resultado desses amigos que tenho e do que recebo diariamente de afago, cuidado e demonstrações de afeto. É disso que sou feita: de um bocado de tanto amor. Sou resultado dessa magia que é meu cotidiano. Dessa minha negociação com a meteorologia pra saber a temperatura de onde meu pedacinho está. Sou a protegida pelos meus anjos de guarda. (SOU!). Sou eu mesma essa gota, esse grão, uma obra eternamente inacabada: tudo é uma possibilidade de melhora, de mudança, de lapidação. Sou como as pessoas que me cercam, como essa gente que quer mudar a si mesmo para que o mundo vibre numa freqüência mais saudável. Gente que presta atenção naquilo que não conhece porque abraça a novidade com a sabedoria de quem nunca vai querer parar de aprender: da teoria intelectual mais complexa à maneira mais criativa de improvisar um cinzeiro. Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas. E que, por conviver mais profundamente com as angústias, são os primeiros a experimentar o êxtase de um dia de sol ou de chuva, de qualquer coisa aparentemente simples. Gente que sabe que viver com simplicidade é a coisa mais complexa que existe... e a mais sábia. Eu posso ser qualquer coisa que me digam que eu seja porque assim me vêem, porque também sei que tudo é transitório, que tudo é movimento e possibilidade de alguma coisa. Estou apta para me deixar interpretar, mas não para rótulos. Qualquer pessoa que me pense algo, por pensar já perde qualquer coisa que me congele numa imagem... Poesia é fluidez. Sou o que estou e, isto sim, é perpétuo.
Talvez eu seja uma escolha quando todos os caminhos resolveram mudar de lugar só porque ela já foi feita... Mas eu celebro o mistério.
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( esses bonequinhos ai tem tudo haver comigo... rs )

Ando lendo os comentários que permiti ai na coluna ao lado... e agradeço a todos, até os que fazem confusão achando que é ele quem faz este blog para mim... ( quem me derá... ), de qualquer forma agradeço. Mas pessoal, não comentem sobre mim, não vale a pena, tenho um espelho enorme em casa, estou velha, tenho 30 anos, e tenho os pés no chão, e plena conciência da minha pessoa, só meu coração que ainda bate forte por uma pessoa que espero do fundo de minha alma que ele não tenha mudado em nada, que ele continue sendo aquela pessoazinha que me dava bom dia de cinco em cinco minutos... mesmo hoje esses bom dias não sejam mais para mim.
Agradeço de coração.