25 outubro 2007

Flores...

Deitado ao meu lado, seus dedos deslizaram pelas minhas costas
abrindo fendas e poros,
tecendo caminhos,
amanhecendo desejos.
Afastou meus cabelos da nuca pra roçar o seu queixo.
Eu sentia a sua respiração no meu ouvido, seu sopro de vida entrando em mim.
Desajuizada e mansa, deixei que com um movimento de braço
levasse meu corpo em posição de feto pra dentro da concha do corpo dele.
Naquele encaixe, com o nosso melhor calor, ficamos ali,
desabotoando fomes, desamarrando sentimentos.
Meu coração estava na boca... pro beijo.
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Ele não me acordou.
Ele entrou no meu sonho.

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Não consigo imaginar um mundo sem flores... Mas as paredes do meu quarto são tristes, tristes: apesar de verdes, nada brota delas....