abrindo fendas e poros,
tecendo caminhos,
amanhecendo desejos.
Afastou meus cabelos da nuca pra roçar o seu queixo.
Eu sentia a sua respiração no meu ouvido, seu sopro de vida entrando em mim.
Desajuizada e mansa, deixei que com um movimento de braço
levasse meu corpo em posição de feto pra dentro da concha do corpo dele.
Naquele encaixe, com o nosso melhor calor, ficamos ali,
desabotoando fomes, desamarrando sentimentos.
Meu coração estava na boca... pro beijo.
Ele não me acordou.
Ele entrou no meu sonho.
Não consigo imaginar um mundo sem flores... Mas as paredes do meu quarto são tristes, tristes: apesar de verdes, nada brota delas....