03 agosto 2007

O que não sai do meu coração

Não quero assim, um amor ralo
Sorrisos e café da manhã
Quero o grito que se esconde quando calo
Fechar os olhos sem pensar no amanhã.
Quero a foice que afaga enquanto lanha
A carne exposta, o corpo mutilado, sua entranha
Quero a vida colorida em tons de púrpura
Sua boca para sempre minha clausura.
Quero o ventre corrompido com teu gozo
Nossos corpos nesse sexo tão exposto
E que no mundo, minha única saída
Seja amar-te até o fim da minha vida.
*
*
O que de um olhar não for captado,
nos lábios não será encontrado,
pois o que diz um olhar...
é o que a boca não soube falar,
é o que no peito ficou calado.
Mania