O par perfeito deve servir para tornar a vida dos dois mais fácil. Alguns mantêm relações para se sentirem integrados na sociedade, para provarem a si mesmos que são capazes de ser amado, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração. Uma relação tem que servir para você se sentir à vontade, concordar com ela e discordar dela, ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar. Alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, com quem viajar, com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. Estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonito a seu modo. Sentir-se amparado nas inquietações, ensinar a confiar, a respeitar as diferenças, e deve servir para fazer os dois se divertirem, mesmo em casa. Cobrir as dores um do outro em momentos de melancolia. Acompanhar o outro no médico, perdoar as fraquezas, abrir a garrafa de vinho e o outro abrir o jogo, para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.
