21 junho 2008

Caipira, graças a Deus!

***Neste sábado foi a festinha junina de nossa família... nóis é da roça mais é gente boa...***

Eu vou deixar meu endereço,
ficarei feliz se você me visitar.
A minha casa não tem luxo, porém
quando rarear o mato,
pôr favor tire o sapato
prá passar o ribeirão.
Lá não tem água encanada,
não tem farol de parada,
nem tão pouco contramão.
A grama verde é o tapete da chegada
onde o vento passa agitando a paineira,
como se fosse uma bandeira
hasteada em meu quintal.
Não bata forte ao passar pela porteira,
que a pancada da madeira
machuca o meu coração.
Lembro a batida que o meu rei deu na despedida,
fazendo da minha vida,
morada da solidão.







Sabe... é nesses dias assim que vejo e sinto o quanto estou sozinha... como se diz na música do Fagner... "Quando penso em você... fecho os olhos de saudade... tenho tido muita coisa... menos a felicidade... Correm os meus dedos longos... em versos tristes que invento... Nem aquilo a que me entrego... já me traz contentamento... Pode ser até manhã, cedo claro feito dia... Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria... Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa... Prá correr entre os canteiros e esconder minha tristeza..."