05 setembro 2007

Teu perfume


As palavras já não me saem com a mesma facilidade como antes... Os dedos não transmitem o que o meu coração diz... Acabo por concluir que o amo e sempre amarei... Porém, resta em mim, a minha existência sempre descontente... Por querer sempre quem eu tinha... Ou que nunca tive... Os meus olhos passeiam em livros de todos os autores... E leio as letras por lá perdidas de histórias tão doloridas... De histórias tão felizes... Ouço discursos soltos e, mais uma vez, são palavras perdidas que dessas bocas saem... Contam histórias que enfrentam a própria imaginação da crueldade... Da falta de atenção... Do esquecimento... Palavras feitas, ditas na primeira pessoa, tentando descrever a dor que foi vivida... São mais que palavras de dor que aterrorizam a minha pobre imaginação... Olho em volta e só consigo vislumbrar as minhas recordações espalhadas pelos cantos que me rodeiam e que controem o meu mundo... Queria ser importante para você, ou ser alguém para você... Mas não sou... O meu corpo pede a tua pele... A minha alma cala os meus desejos... e o meu peito sente a tua falta... Tenho aqui guardado o teu perfume para quando à noite me deitar... E procurar na minha alma o teu cheiro... O cheiro que sempre vai estar... Em mim!!!