07 agosto 2007

Fecho meus olhos

Solto meus olhares ao vento
E eles mergulham em tua paisagem
Batem à porta, toques da ausência
E se misturam entre os dedos da espera
Espreito-te, porque de ti apenas tenho
Àquela fotografia que teima em me falar
Pelas frestas da moldura que o tempo
Em completo silêncio não vai amarelar
No sibilar da saudade reconheço-me
Escrevo as linhas da minha vida
Ocultando-se do frio de minha alma nos traços seus
É que meu corpo brinca de te rasurar a razão
Do meu coração, sempre serás parte
Fecho meus olhos, e a ti levo meus pensamentos
E nesse momento, a distância, o impossível
São substituidas apenas pelo que preciso
para caminhar para teus lábios sorrirem
Junto aos meus...
*
*
O sono se fez sonho
e no sonho você estava.
Depois, na noite, o sono fugiu
e outra vez presente se fez
a angústia da tua ausência.