29 fevereiro 2008

Pra você

Tenho saudades do teu corpo: ouviste? Correr-te toda a carne e toda a alma o meu desejo - como um anjo triste que enlaça nuvens pela noite calma... Anda a saudade do teu corpo (sentes?...) Sempre comigo: deita-se ao meu lado, falo e refalo que não minto quando te escrevo: «vem, meu todo amado...» É o teu corpo em sombra esta saudade... Beijo-lhe as mãos, os pés, o teu peito: a luz do seu olhar é escuridade... Fecho os olhos ao sol para estar contigo. É de noite este corpo que me assombra... Vês?! A saudade é um escultor antigo!


(Não espero recebe-la de ninguém mais, mas agora as cultivo para dá-las a você um dia...)


Do nada se constroi o inimaginável... celulas agrupam-se obedecendo a uma lei universal nascida no momento da criaçao e formam um corpo unico que pulsa cheio de vida, somos abençoados porque podemos sentir o mundo, racicionar e tentar encontrar a melhor forma de coabitar uns com os outros, com as outras especies e com tudo o que existe,numa busca constante pela felicidade! Somos parte integrante de algo infinito, grande de mais para a compreençao humana... se viajasses uma vida inteira á velocidade da luz pelo universo,nao conseguirias conhecer nem 0,1% da sua totalidade... muito menos os seus segredos e misterios... no entanto és forjado da mesma matéria do que o criou e originou tudo! Nao te limites a acordar diariamente e a viver uma vida monotona... respira a plenos pulmões o oxigenio que te alimenta a vida e acima de tudo sente... sente o universo que te envolve no seu leito ameno diariamente e do qual fazes parte! Questiona tudo, dá importancia ao considerado por muitos insignificante porque até o nada faz parte de algo e está inserido num contexto... não é porque não compreendes ou ves que não existe! Faz TUDO o que te traga felicidade, por mais disparatado que pareça á cabeça dos outros... a diferença entre limitares-te a viver e o sentir cada segundo da tua vida como sendo unico é abissal no entanto estao separadas por uma linha tênue... sou agradecida do fundo do coraçao a ti por os nossos caminhos se terem cruzado, seja por uma palavra dita, um gesto amigo, pequenos pedaços de risos sinceros ou choros sentidos, serao momentos unicos que ecoarão eternamente nos mistérios do tempo...

28 fevereiro 2008

Você em mim


Sou um anjo da noite... atravesso caminhos de estrelas, de pedras preciosas que cintilam, só para lhe trazer a paz...
Em meus vôos noturnos, recolho as estrelas mais brilhantes, que coloco em minhas asas, e as faço cair sobre você reluzentes de carinho como prova de meu amor...

27 fevereiro 2008

Quando...

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem.
A imagem tem a ver com as nossas expectativas e mais ainda com o que ela "vende" de si mesma.
É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos.
Se a pessoa for parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se dela, mais tarde, não será tão penoso.
Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo.
No final, sobreviverão as boas lembranças.
Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você acreditou, virá um processo mais lento: a de desconstrução daquilo que você achou que era real.
Desconstruindo Ana, desconstruindo Marcos, desconstruindo Carla.
Milhares de pessoas vivem seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão "desconstruindo ilusões".
Tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico.
Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos.
Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco.
Nada disso, é a hora de fazer charme.
Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas, manias e imperfeições.
Isso se formos honestos.
Os desonestos são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, sem entender absolutamente nada.
Quem se apaixonou por uma mentira, tem que desconstruí-la para "desapaixonar".
É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo é mais forte do que sua astúcia.
Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento bacana não chegou a existir, que tudo não passou de uma representação.
Talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.
Sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.
Afinal, todos, resistimos muito a aceitar que alguém que gostamos, mas que a máscara um dia caiu e mesmo que depois tenha sido colocado de volta, não é, e nem nunca foi, ESPECIAL....






Fiz este texto hoje, porque é isso mesmo que penso das coisas. Eu conheci ele sem mascaras, sem fantasias, sem medos, sem meio-termos. Conheci no seu mais íntimo, no que ele é e da forma que o fazia feliz, ou seja, sendo ele mesmo em tudo, no sorriso, na lágrima, na palavra, na escrita, e até mesmo nas palavras ditas da forma mais meiga com voz de criança, porque era exatamente aí que eu me apaixonei, na pureza de um coração que ninguém havia reconhecido antes. Mesmo que ele me diga que não.







E eu também pude ser eu mesma, não fui fantasia e nem ilusão e nem tirei proveito de carência...
Eu fui a Regiane e ele foi o Pedro.
E continuo sendo a Regiane, mas ele....... talvez não seja possível.





Mas assim como minhas margaridinhas, elas nascem, crescem e morrem. Assim sou eu todos os dias. E tem horas que a saudade aperta... doi... mas então tenho que aprender a cultivar a saudade também, não é mesmo???......

26 fevereiro 2008

Vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração.

Se é verdade que passamos 1/3 de nossas vidas dormindo, pra mim o único consolo é saber que durante esse tempo todo estarei sonhando contigo.



De repente vira um filme
Todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é
Eu vou equalizar você
Numa frequencia que só a gente sabe
Eu te transformarei numa canção
Pra poder te gravar em mim...

25 fevereiro 2008

Tudo por você meu rei!


Eu não sou boa nem quero sê-lo, contento-me em desprezar quase todos, odiar alguns, estimar raros e amar um!

24 fevereiro 2008

Um dia...

Um dia, um médico determinará que meu cérebro deixou de funcionar e que basicamente minha vida cessou. Quando isso acontecer, não tentem introduzir vida artificial por meio de uma máquina. Ao invés disso, dêem minha visão ao homem que nunca viu o sol nascer, o rosto de um bebê ou o amor nos olhos de uma mulher como eu. Dêem meu coração... que amou mas não foi amado, a uma pessoa a quem o coração possa encontrar o amor correspondido. Dêem meus rins a uma pessoa que depende de uma máquina para existir, semana a semana. Peguem meu sangue, meus ossos, cada músculo e nervos de meu corpo e encontrem um meio de fazer uma criança paraplégica andar. Peguem minhas células, se necessário, e usem de alguma maneira que um dia um garoto mudo seja capaz de gritar quando seu time marcar um gol, e uma menina surda possa ouvir a chuva batendo na sua janela. Queimem o que sobrou de mim e espalhem as cinzas para o vento ajudar as folhas nascerem. Se realmente quiserem enterrar alguma coisa, que sejam minhas falhas, minhas fraquezas e todos os preconceitos contra meus semelhantes. Dêem meus pecados ao diabo e minha alma, recomendem em suas orações, a Deus. Se quiserem lembrar de mim, façam-no com um ato bondoso, perdoando minhas inúmeras falhas, ou dirijam uma palavra delicada a alguém que precise de vocês. Se vocês fizerem tudo o que estou pedindo, viverei para sempre!

*

...Tira-me a luz dos olhos - continuarei a ver-te

Tapa-me os ouvidos - continuarei a ouvir-te

E, mesmo sem pés, posso caminhar para ti

E, mesmo sem boca, posso chamar por ti.

Arranca-me os braços e tocar-te-ei com o meu coração como se fora com as mãos...

Despedaça-me o coração - e o meu cérebro baterá

E, mesmo que faças do meu cérebro uma fogueira,

Continuarei a trazer-te no meu sangue...

23 fevereiro 2008

Soneto a quatro mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei poscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

22 fevereiro 2008

Estranho seria...


...se eu não me apaixonasse por você!!!




Sobre a mesa, uma pasta, uma bolsa, um guarda-chuva preto (e um céu que não queria chover), adoçante, açúcar (esqueceste de pedir o mascavo), sorrisos largos, uma bandeja "suicida", uma fatia gigantesca de torta (que tu juraste que não comerias inteira), um café com leite, um expresso duplo, pequenos goles, grandes planos. E quatro mãos que matavam a saudade.

- Um dia, casa comigo?

- Caso.







PS: Porque de vez em quando a poesia não está nas linhas, entrelinhas, reticências, letras do Djavan, na voz da Marisa. De vez em quando a poesia habita dois corações. E apenas dois corações sabem do que são capazes.

21 fevereiro 2008

Se...



Se nada do que espero acontecer...
Se nada dos meus sonhos viver...
Se nada do que creio for verdade...
Se nenhum dos meus afetos sobreviver...
Se nenhuma porta se abrir...
Se o limite 'estourado' do banco não zerar...
Se nenhum elogio receber...
Se meus amigos me deixarem só...
Se minha voz não for ouvida...
Se minhas palavras não forem lidas...
Se minhas lágrimas não forem enxugadas...



Ainda assim... e principalmente então... exclamarei - como Jó: "Ainda que Ele me mate, nele esperarei"...


Ainda que a vida seja feita de 'por quês?'
Valeu a pena se foi para encontrar você...
(Ainda e sempre).

20 fevereiro 2008

Bom Dia meu rei...

E, no meio de tantas mudanças, muitas rupturas. Algumas coisas foram encaminhadas pro novo destino, outras se perderam irremediavelmente. O que sobrou posso contar nos dedos, antes eu mal conseguia fechar as gavetas de tão abarrotadas de coisas, pessoas, lembranças. Mas o que houve afinal, além de um processo íntimo, pessoal, intransferível? Uma mudança externa também, porque há sempre um desconforto em quem se acostuma com o nosso comportamento mais antigo. E além de lidar com o luto da morte do que éramos, ainda o estranhamento dos que não aceitam o que nos tornamos. Porque mudam os gostos, a disposição e os planos. E alguns reagem como se você os tivesse abandonado no meio de uma viagem a dois por outro continente, quando só você sabia falar a língua local mesmo que os impedisse de aprender o idioma. E, no meio de tantas mudanças, algumas desavenças. Só porque aqueles mesmos não entendem, não entendem, não entendem, porque não querem aceitar, que tudo é tão dinâmico e que nem deve ter sido tão brusca essa mudança, mas que a coisa maturou durante um tempo em que só queriam que você se envolvesse numa história DELES, que se misturasse nas emoções DELES, que traduzisse o mais íntimo DELES. E, ao mesmo tempo, você estava amadurecendo uma mudança sua e a coisa toda doía, doía. Mas eles não perceberam. Porque a demanda sobre a vaidade deles era grande demais, importante demais, imprescindível demais pra sua poesia.
E, de repente, a minha poesia não queria falar mais sobre nada disso. Minha poesia queria ser uma carta anônima... um silêncio... Minha poesia não queria ser nada além de uma frase jogada do mais íntimo de uma iluminação sobre um determinado assunto. Porque, no final das contas, o que escrevo nem é poesia... é prosa, é carta, é desabafo, é qualquer coisa. É um bilhete manuscrito pregado no espelho só pra desejar “Bom Dia!”
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...é que eu nasci envelhecida, e moro com a saudade.

19 fevereiro 2008

Do peito pra dentro


Sabes que podes escolher e que a escolha não e fácil. Sabes que não vais esquecer e se mudares a imagem vais te afundar ainda mais. Sabes que podes viver nessa verdade mas que ela não e real. Sabes que tens um mundo a espera e preferes esperar pelo teu mundo. Sabes que fugir não é solução e sabes que encarar perfura os sentimentos. Sabes que podes ser feliz. Com essa imagem, com essa ideia de perfeição, com esse reflexo do impossível. Cheiras uma flor, e sabe te a primavera. Comes uma castanha e sentes o Outono. Aproximas te do mar e cheiras o verão. Sentas te junto da lareira e saboreias o Inverno. Sim é isso tudo no teu mundo imaginário. Agora acordas. Olhas para a janela e vês o mundo real. A primavera desce com a lágrima do teu rosto. O Outono ouve se com o teu grito de desespero. O verão sente se com o teu pedido de socorro. O Inverno murmura o fechar dos olhos. Sabes o que ela sente? Sente q necessita de gostar, sente que não quer gostar mas que e' isso que a completa, sente que podia gostar de uma estrela mas gosta de um meteorito, sente que podia ser feliz mas não o é porque gosta!
*
*
*
Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades diante de uma janela. Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo, em cada praia resnascendo outra. Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento, servo e senhor, e sou mistério. A quatro mãos escrevemos este roteiro para o palco do meu tempo: o meu destino e eu. Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério.

18 fevereiro 2008

Tem dias....

Porque à dias em que eu queria que a vida fosse apenas... a minha guitarra... a minha cama... os meus livros... e a musica...
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Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor
Porque veio a saudade visitar meu coração
Espero que desculpe os meus erros por favor
Nas frases desta carta que é uma prova de afeição
*
Talvez tu não a leias mas quem sabe até dará
Resposta imediata me chamando de "Meu Bem"
Porém o que me importa é confessar cada vez mais
Não sei amar na vida mais ninguém
*
E quanto tempo faz, que vi no teu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão de que já vi passar
Um ano sem te ver, um ano sem te amar
*
Ao me apaixonar por ti não reparei
Que tu tiveste só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei
Do sempre, sempre teu...
*
Talvez tu não a leias mas quem sabe até dará
Resposta imediata me chamando de "Meu Bem"
Porém o que me importa é confessar cada vez mais
Não sei amar na vida mais ninguém
*
E quanto tempo faz, que vi no teu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão de que já vi passar
Um ano sem te ver, um ano sem te amar
*
Ao me apaixonar por ti não reparei
Que tu tivesse só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei
Do sempre, sempre teu...
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Da sempre, sempre tua...

17 fevereiro 2008

Para todos aqueles que vivem um amor como o de Eurídice e Orfeu!



Mar sob o ceu
Cidade na luz
Mundo minha canção que eu compuz
Mudou tudo agora é você
A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você
Minha mulher
Meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje um céu
Da cidade
Lua no mar
Estrelas no chão
Aos seus pés entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo nem morro em vão
Sou mais eu porque sou você
Minha mulher
Meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje um céu
Da cidade
Lua no mar
Estrelas no chão
Aos seus pés entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo nem morro em vão
Sou mais eu porque sou você...


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( E para quem não conhece a história/lenda.....)

Orfeu e Eurídice

Grande herói da Trácia, Orfeu era conhecido não pelas suas qualidades de guerreiro, mas pelas suas qualidades musicais. Filho de Apolo e da musa Calíope, recebeu do pai uma lira como presente e aprendeu a tocar com tanta dedicação e beleza, que ninguém conseguia ficar indiferente ao encanto da sua música. Tanto os seres humanos como os animais, e diz-se que até as árvores e os rochedos, se rendiam ao seu fascínio.
Orfeu amava apaixonadamente a ninfa Eurídice. No dia do casamento de ambos, esteve presente Himeneu para abençoar a união, mas o fumo da sua tocha fez lacrimejar os noivos, o que não trouxe augúrios favoráveis. Pouco tempo depois, Eurídice passeava com as ninfas, quando foi surpreendida pelo pastor Aristeu, que, ao vê-la, se apaixonou perdidamente e tentou conquistá-la. Na sua fuga, Eurídice pisou uma cobra e morreu da mordedura que esta lhe fez no pé. Orfeu, inconsolável, tocou e cantou aos homens e aos deuses, mas nada conseguiu. Decidiu, então, descer ao reino dos mortos para conseguir recuperar Eurídice. Perante o trono de Hades e Perséfone, Orfeu cantou o seu desgosto e o seu amor dizendo que, se não lhe devolvessem Eurídice, ele próprio ficaria ali com ela, no reino dos mortos. Todos os fantasmas que o ouviam choravam e Hades e Perséfone ficaram tão comovidos que lhe devolveram Eurídice. Mas com uma condição: Orfeu poderia levar Eurídice, mas não poderia olhá-la antes de terem alcançado o mundo superior. Caminhando na frente, Orfeu, que estava quase a chegar aos portões de Hades, com receio de ter sido enganado por Hades, virou-se para trás para confirmar se Eurídice o seguia. Esta, com os olhos cheios de lágrimas, foi levada para o mundo dos mortos, por uma força irreversível. Orfeu tentou alcançá-la, mas sem êxito. Profundamente triste, Orfeu ficou na margem do rio, durante sete dias, sem comer nem dormir, suplicando a volta de Eurídice. Depois, vagueou triste e solitário pelo mundo, sem nunca mais querer saber de mulher alguma e repelindo todas aquelas que o tentavam seduzir, até que um dia, as mulheres da Trácia, enfurecidas pelo seu desprezo, o mataram. O seu corpo foi atirado ao rio Ebro e levado até à ilha de Lesbos, onde, durante muito tempo, a cabeça de Orfeu, presa numa rocha, proferia oráculos. A sua lira foi colocada num templo de Lesbos. Outra lenda diz que as musas enterraram Orfeu, em Limetra, num túmulo onde o rouxinol canta mais suavemente do que em qualquer outra parte da Grécia e a lira do jovem apaixonado foi colocada por Zeus entre as estrelas.

Orfeu encontrou por fim Eurídice e, abraçando-a, nunca mais deixou de contemplá-la.


16 fevereiro 2008

Se nada der certo.... viro Hippie!!!!!!!!!!!!


Hippie não se preocupa com porra nenhuma.
Tudo é paz e amor.
Não dá valor as coisas materiais.
Não tem endereço certo.
Não tem cobrador batendo na porta.
Só tem que vender uns artesanatos.

São tantas vantagens que até você um dia vai querer se tornar um.

*

A vida é uma coisa engraçada. Se você deixar, ela vai sozinha, como um rio. Mas, se você quiser, pode colocar um cabresto e fazer da vida seu cavalo. A gente faz da vida o que quer. Cada um escolhe sua sina. Cavalo ou rio.

15 fevereiro 2008

Espero que você entenda...



...que por você eu faria tudo.

14 fevereiro 2008

A vida não dá garantias...

O pensamento é triste; o amor insuficiente;
e eu quero sempre mais do que nos milagres.
Deixo que a terra me sustente:
guardo o resto para mais tarde.
Deus não fala comigo - e eu sei que me conhece.
A antigos ventos dei as lágrimas que tinha
A estrela sobe, a estrela desce...
espero a minha própria vinda.
( Navego pela memória sem margens...
...Alguém conta a minha história
e alguém mata os personagens )

13 fevereiro 2008

Por mim


Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.
*
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
*
Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
*
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
*
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra.
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Diga o que você tem vontade de dizer quando você tem o feeling e a chance. Amanhã poderá ser muito tarde. De todas as coisas que fiz, meu maior arrependimento é das coisas que eu não fiz, das oportunidades perdidas e das coisas não ditas.

12 fevereiro 2008

Estou sempre em ti...



Ainda que pressuponhas que a distância e a ausência que muitas vezes nos aparta levam de mim o aroma de tudo o que já partilhámos.


Ainda que penses que as minhas mãos em certos momentos ensaiam acenos e despedidas… continuo aqui, serenamente, à tua espera.


Ainda que, não estando tu presente, consigo sentir o doce sussurro da tua voz a cada madrugada, lembrando-me que sempre fui tua, mesmo antes de te amar.


E na soma de todas as minhas certezas, sei que o teu caminho é aquele que te traz para mim.
*
*
*
Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém,excepto tu, só tu.Existem, por certo, atalhos sem número,e pontes, e semi-deuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o.
(NIETZSCHE)



11 fevereiro 2008

Ao tropeçar pelo caminho... é que acertamos o destino

Se meu coração, pudesse pensar, pararia... Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelida a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero. Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também.

Quem já foi no Mirante da Cuesta de Btu. ali, no cimo da serra, onde tem a capelinha de S. Cristóvão para ver o céu mais luminoso e lindo, chuvas de meteoros e o sol nascente mais belo de todos?
*
Parei as águas do meu sonho para teu rosto se mirar. Mas só a sombra dos meus olhos ficou por cima, a procurar... Os pássaros da madrugada não têm coragem de cantar, vendo o meu sonho interminável e a esperança do meu olhar. Procurei-te em vão pela terra, perto do céu, por sobre o mar. Se não chegas nem pelo sonho, por que insisto em te imaginar? Quando vierem fechar meus olhos, talvez não se deixem fechar.

10 fevereiro 2008

Eterno retorno

"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!".» Nietzche



Dei de cara com esta teoria filosófica postulada por Nietzche. A princípio, achei um tanto quanto difícil. Agora me arrisco a entender. Existem alguns acordes, sons e notas repetindo-se ao longo da partitura de nossa existência. São fatos acontecidos no passado, vividos no presente e que indefinidamente se repetirão. Você poderá chamar de legado, encanto ou maldição, depende da sua percepção. Para outros: destino, acaso, sinais.

O pensamento mágico, a surperstição, às vezes, dão razão às nossas escolhas. Nieztche usa a expressão Amor fati: amor ao destino. Estamos presos a uma cadeia ilimitada de fatos, através de um ciclo atemporal que repete-se infinitamente até a eternidade. Instâncias alternadas indefinidamente. Na Psicologia Familiar podemos analisar, através da árvore genealógica da família, padrões de repetições nos comportamentos e fatos de familiares em várias gerações, podendo ser explicados além da hereditariedade.


Uhmm compliquei mais a situação. Escrevo, escrevo e não saio do lugar. Pois, então, esta teoria tem haver com as decisões da vida, desde as mais simples, como escolher uma roupa para a festa, qual caminho tomar ao voltar para casa. Até as mais difíceis: largar ou não aquele emprego chato? Terminar ou não o namoro de anos? Ou isto ou aquilo? Pergunta altamente filosófica da Cecília Meireles em seu livro infantil. Não tem meio termo. Cada escolha feita, desemboca em uma série de infindáveis conseqûencias, resultadas do ato, impensado ou não.


Deste pensamento, brota a seguinte reflexão. Se eu não estou satisfeito com o meu trabalho e não pedir demissão, estou fadado a eternizar estes momentos de frustação e angústia com a situação, porque é esta a minha atitude agora: a omissão, acomodação. Já imaginou passar a eternidade fazendo exatamente o que você faz agora?

A sociedade impõe a estabilidade como padrão de comportamento para a pessoa bem-sucedida. Com a instabilidade do mercado de trabalho, quem não quer ter hoje em dia: emprego fixo (se for concurso público, então!), monogamia, casa própria, vida tranqüila e estável? Esta busca pela estabilidade, atrái a instabilidade da alma. Alguns preferem não fazer escolhas por medo de perder a vida "estabilizada", estacionados no "agora" e amortecidos com a ilusão de segurança. Na ânsia por obter prazer, você acaba prolongando a sua dor. E estender seu sofrimento, traz mais sofrimento. É matemática pura. Isto nos dá a consciência da imensa responsabilidade por nossos atos.

Às vezes, é mais fácil culpar o destino, o pesado fardo, o azar, o feitiço da bruxa má, o santo, o mau olhado, maldição de família, a inveja dos outros, do que admitir a sua inércia e inanição diante da vida passando. Não digo admitir sua escolha errada, porque afinal, não existem escolhas erradas. Existem os caminhos mais longos e os atalhos. Qual deles tomar, depende da sua decisão. Mas qualquer que seja a sua alternativa, o "destino" será o mesmo. Você escolhe a forma do aprendizado. A dor e o amor estarão juntos em qualquer estrada. Tomar a pílula azul ou vermelha? Ou então siga a estrada de tijolos amarelos...

A intensidade é a minha marca registrada. Meus 30 anos é a minha intensa idade. Tomei decisões que aos olhos de muitos foram impensadas, tresloucadas, precipitadas, imaturas. Sempre com o desejo de ir além daquelas amarras que me prediam no agora, de viver tudo intensamente, me embriagar até cair no chão... beber o veneno até a última gota... Sempre a um passo a frente, mas atrás do desconhecido ou do proibido (como quiserem). Quente e distante, feito uma estrela cadente. A provar do doce e do amargo, definir o sabor. O climax desta intensidade teve um preço jamais pago.

Por algum tempo vivi o falso conceito da estabilidade. Larguei o emprego estável e a casa mobiliada. Resolvi jogar tudo para o alto, em busca do pote de ouro no final do arco-íris. Se eu não achar o pote, pelo menos verei as cores. Se vai dar certo ou valerá a pena, cabe a mim decidir, não aos outros. Se eu sempre vou embora é para eternamente voltar.


Mas não se esqueça, tuas escolhas de hoje, podem repetir novamente em outras vidas, e assim sucessivamente, sem fim. O que passou vai acontecer novamente quando aqui retornar, não tem como mudar o que passou, então reflita se o que você quer para teu hoje, e teu amanhã, seja eternizado.

Você é o seu Deus, você é o seu acaso, você é o seu destino.
*
*
*
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.

09 fevereiro 2008

Quatro estações

Mais uma carta de amor que nunca mandei e nunca mandarei!


Eu caio de quatro estações por você. Nem sei se os olhos meus ainda Verão os seus.

No Inverno, quando sentir o frio na minha pele, neste momento, mandarei para você meu pensamento, consumido pelo calor que me irradia à tua distância. O frio também queima como a minha vã insistência. A sua frieza é uma chama.

E quando eu te falo, minha estação é o Outono. Eu sou como as folhas secas que tanto adoras, mas pisas. Da tua árvore, caem de amores estas minhas folhas amarelas. Acho que gostas de ouvir meus estalos, igual a madeira a arder, crepitando na fogueira. Seu ego alimenta este fogo, bem de longe, jogando sal. Afinal, quer quer colocar a mão no fogo para se queimar?

Na Primavera, enfim, sentirás distante o perfume da uma margarida. Aquela flor tão ímpar e bela , que desabrocha uma única vez, a espera do amor-perfeito.

Queria tanto escrever sem enigmas, sem os vãos das entrelinhas, sem estas metáforas distantes do alcance de suas metas, sem estas mensagens criptografadas. Sou a esfinge que você decifra, mas não devora. Quem sabe um dia. Mas, sempre encontro um campo de batalha, totalmente minado. Ah se eu pudesse guardar as armas e pedir trégua. Não quero fogo amigo. Eu quero é fogo cruzado. Queria ser mais óbvia, menos obtusa, menos abstrata.

Queria te mandar esta carta. Queria te falar tantas coisas. Vomitar estas palavras engolidas inteiras, presas na garganta, indigestas no meu coração. Queria você, não no futuro do pretérito, não no pretérito perfeito, nem no mais que perfeito. Não do modo subjuntivo, nem no Indicativo. Quero você no imperativo! Quero o teu presente. Quero você além das palavras, além de toda compreensão. Quero você dentro de mim.

Não é você, mas agora sou eu a voar para bem longe. Não vou mais conviver com a tola esperança de te encontrar. Nem serei mais uma voz.

Não terás mais teu antigo brinquedo preferido. Para você o meu coração é inflável. Aquele objeto guardado numa caixa vazia no fundo do armário e que enches para ter diversão. Eu fico cheia de ar. Como é bom este ar comprimido. Preciso de comprimido para estar mais leve. Estou comprimida e vazia, mas cheia das minhas vontades. Meu ego também é inflável. É só soprar palavras doces no meu ouvido, que as esperanças enchem o meu coração. Flutuo então no continuum do espaço entre nós, numa etérea leveza. Depois, quando você me esvazia de promessas veladas não cumpridas, eu caio, lentamente no chão.

Estou de saco cheio! Não sei como terminar isto aqui. Nem mesmo sei se esse universo artificial particular tem fim. Eu sou a Mulher Invisível. Escolhi o Super Herói errado.
Seria um casal bonito: O homem do amor-perfeito e a mulher margarida. Quero a minha superexposição em contato com a tua pele. Preciso neutralizar seus poderes sobre mim.




É.............. Este texto está realmente a "minha altura".






Meço 1,71 .




Mas mesmo assim eu uso salto alto...


08 fevereiro 2008

Toda para você

Minha saudade vai toda pra você,
saudade daquele olhar manhoso,
da fala rouca e das mãos leves sobre as minhas...
Toda saudade que carrego é por você,
e nesse sofrer por solidão,
descubro o quanto você é importante,
muito mais do que eu imaginei...
Sinto falta da sua voz tranquila
a me confortar a alma.
Do seu andar apressado e do teu abraço.
Do seu beijo que aquietava meu coração...
Sinto saudades de você,
de tudo que seu jeito me causava,
até das noites mal dormidas
de falarmos do nosso desejo...
Minha saudade é toda para você...
para o seu amor que me faz tanta falta,
para o brilho dos seus olhos
que me embriagava,
para a seu riso que me enfeitiçava,
para tudo que você representou em minha vida!

Eu morreria por você
Na guerra ou na paz
Eu morreria por você
Sem saber do que sou capaz...

07 fevereiro 2008

Espelho dos seus olhos


Não sei retirar o fundo da foto certinho, mas um dia eu aprendo... masssssssssss se você quiser me ensinar... Photobucket


Algumas vezes procuramos esconder a verdade dos nossos próprios olhos, evitamos a todo custo olhar para a realidade das coisas, isso porque, nem sempre viver foi fácil, então você tenta viver os bons momentos com tanta vontade, que quando a vida dá sinal de que nem tudo aquilo são flores, você fantasia, você pinta de rosa, manipula a realidade a seu favor, e isso não é culpa de ninguém, a não ser de você mesmo. Eu tenho uma aquarela imensa, pensava até que a tinha aposentado, mas pelo visto ainda hoje, aos 30 anos, continuo sendo boa nisso, pintar a realidade, colorir as dores e desagrados para viver, pelo menos por mais um instante aquilo que me faz feliz, ainda que não seja real.
Eu me entreguei profundamente a um sentimento que nunca me pertenceu, quer dizer, o sentimento é tudo que eu tenho daquela situação toda, a pessoa por quem eu tenho esses sentimentos é que nunca foi minha, e por vontade própria, não será, e se eu sou ótima, cheia de planos e metas, inteligente e principalmente “a mulher que qualquer homem desejaria ter” por que é tão difícil aceitar que juntos podemos dar certo? É mais fácil abdicar de tudo por ser mais conveniente permanecer na mesma vida que nem é tão boa assim, pois se fosse eu não faria parte dela, talvez eu seja ainda, aquela garota de 15 anos que dormiu por três dias porque não queria mais saber da vida ou então aquela de 20 que desistiu de si, e se fechou pro mundo por nove anos seguidos, por medo de ser machucada novamente, por não querer dar chance pra mais alguém a retalhar, isso não é um talvez, eu continuo sendo essa menina que não aprendeu nada com a própria vida, que não entendeu que sentimento bom tá dentro da gente e os outros são só os outros, são aquelas pessoas que carregam as foices por trás das nossas costas, que nos afagam enquanto dormimos, que nos beijam com ternura e que mesmo sem querer, cedo ou tarde nos farão tanto mal quanto um desconhecido que nos atropela com um trator. E tudo isso é somente parte da vida que levamos, feliz daquele que consegue estar acima dos sentimentos, que pode dizer não em qualquer momento, ir embora sem olhar pra trás, sem ter medo de perder os melhores abraços e beijos que já recebeu, pois ali tinha amor, nem que fosse só o meu, e o que eu aprendi com isso? Não sei, talvez a não me abrir, não gostar, não sentir, não me revelar, não ser dócil, muito menos amorosa, não cuidar, não fazer de tudo para ve-lo bem, não dar o que eu tenho de melhor em mim, mas quer saber? Como é que eu seria capaz de fazer isso se isso é ser eu? Teria então que mudar minha natureza só pra fazer parte desse mundo cão, onde todo mundo se devora, não há amor, não há ternura, as pessoas se traem, mentem, engam umas as outras, não se entregam, são pessimista, e vivem em constante anulação, vivem suas vidas reprimindo os sentimentos e evitando aquilo que temos de mais bonito, que é o amor ao próximo, quer saber? Prefiro ser eu, ainda que eu chore por mais dois anos seguidos, ou que viva os meus 100 anos de solidão, as portas do meu coração são abertas porque essa é a minha natureza, eu amo e não me envergonho disso, e isso não pode ser triste pra mim, deveria ser pra quem não tem a graça de sentir o que eu sinto, é claro que isso provoca essa dor somente em mim também, pois quem não ama não sabe a dor que é perder, não criar vínculos tem seus prós e seus contras, ninguém vai tirar de mim esse laço que foi dado no momento em que eu me reconheci apaixonada por ele, nem ele mesmo seria capaz de apagar toda a beleza do meu sentimento, e talvez por saber a importância e o valor desse sentir, é que eu não devo permitir que isso fique banal, ser tratada como mais uma história ou como uma página virada, um corpo útil, não, eu sou muito mais e isso ninguém precisa me dizer.
Meu grande engano foi um dia pensar que não viveríamos isso pelas convenções, por medo de abandonar e perder o convívio com algumas pessoas, achei que isso tudo fosse medo de arriscar no novo, mas que cedo ou tarde ficaria claro que juntos damos certo, juntos formamos um “nós” e que isso valeria a pena, mas depois de tudo ouvi um NÃO, que me fez em pedaços, não por ter sido enganada, isso eu nunca fui, como disse, eu colori tudo, infantilidade minha, eu sei, mas será que tudo que eu fui durante alguns meses foram momentos bons, somente bons que não mereciam uma chance de passar de momento para ser uma alternativa de vida? Provavelmente não, e quem sou eu nisso tudo? Talvez seja o que qualquer pessoa que saiba dessa história diria que eu sou, isso tudo tem uma importância fundamental pra mim, e pelo visto só pra mim. Não direi jamais que teve enganos, a não ser os meus, só posso dizer que amo muito alguém que não me ama, e qual a novidade disso? Bem, ele nem mesmo quer tentar.


“E se você não me quiser, eu vou respeitar, eu juro…
Mas saiba que sou só, e que o meu amor é puro…
E se você não me quiser, eu vou respeitar, isso é seguro…
E a pessoa refletida no espelho dos seus olhos, por onde foi que entrou”?

06 fevereiro 2008

Silêncio

***Three Rocks*** Só para quem gosta de mato, de vento e de ficar no meio do nada...


Analiso-me e percebo, inquietação e medo....
Lá fora, enxergo o vazio do mundo.
Na escuridão, a chuva bate na vidraça fazendo um barulho ensurdecedor.
A madrugada adentra e o vento forte assobia, fazendo balançar as folhas do coqueiro.
O galo canta no quintal e o outro responde lá adiante...
Sento-me, levanto-me, caminho em círculos pela casa e o silêncio nos faz companhia, mas continuamos assim...
"Eu, o silêncio e a noite".
Vazios, inquietos e sós!

05 fevereiro 2008

Gotas de som

Aqui neste "campo de refugiados", ou "aldeia", como eu chamo... tem carnaval, algo que eu confesso, não gosto MESMO! Mas fui fazer meu papel de "tia" buscar os sobrinhos no desfile... aí me diz... quem é que escapa de um click com o dono da Caruso?? Um dia... ainda levo meu pedaço de céu tomar um café lá...
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Gotas de som compõem uma canção de chuva. Veja meu amor, que as coisas não precisavam ser tão tristes. Mas meu coração aperta até quando canto. Porque você me garantiu que longe era um lugar que não existia e agora aqui tudo é espera e fome.Tudo é sede de alguma voz e de palavras de encontro. É que esse silêncio denso não me explica distâncias... ou talvez seja ele que nos afaste ao ponto de nem haver mais eco.
Sabe meu amor, ontem eu lembrei de você quando a previsão era de tempestades e as temperaturas ainda estavam tão altas. O ar pesado e o calor ofensivo. E havia um poema oco e insônia e falta de abraço.
(Minha poesia anda miserável e minhas cartas sem remetentes).
E quando pensei que pudesse começar a me divertir, todos foram embora, e eu fiquei sozinha olhando a desordem.
Sabe meu amor, sobrou apenas o meu copo vazio, taças quebradas e restos que não se aproveita mais. E depois, essas gotas de chuva que pretendem compor nenhuma canção.
Meu amor, se longe era um lugar que não existe como você me explica essa distância?

04 fevereiro 2008

(Re)fazendo escolhas

Estou abandonando os excessos com dedicação, disciplina. Eu só soube que estava tudo errado com as minhas atitudes quando elas não serviram mais pra sustentar minha leveza. Foi quando tudo que antes era divertido terminou por me machucar por dentro e plantar no meu olhar uma tristeza sem horizontes alcançáveis. Quando tive que começar a me explicar demais, quando meus personagens foram morar nos meus atores e começamos a viver realmente as dores que inventei, foi quando decidi matar a autora de tantos dramas pra cuidar da casa, regar as plantas e me isolar um pouco enquanto reavaliava quais seriam meus próximos passos. (A minha intensidade não pode continuar servindo de tripé para tanta agonia). Preciso pontuar as histórias, delimitar certos espaços, dissolver conflitos, definir minhas relações e preservar um resto de sanidade que há em mim. (Nunca fui misteriosa, mas expor minhas vísceras na luz mais nítida do dia têm me feito contorcer de desprazer). A imagem que tenho é a de uma ponte interrompida que desistiu de promover encontros e transformou a metade do caminho de uma possibilidade de relacionamento, num precipício inda mais perigoso, composto por abismo e correnteza. (O estalo seco de um tombo anterior ainda ecoa). E a ressaca de tantos mal-entendidos me empurram para um canto solitário.Vou silenciar um pouco enquanto refaço o mapa do meu destino e elimino definitivamente essa geometria de triângulos que só serviram pra me espetar com suas pontas tão agudas. Talvez eu consiga seguir mais lúcida e tornar a falta de embriaguez suportável. Quero precisar cada vez menos de tantas próteses e do uso dessa desculpa da poesia que brota daquilo que mais dói em nós. Vou abrir a janela para que o ar circule e recicle toda essa energia estagnada. Não preciso mais de tanto contato com as coisas, tenho exagerado nos meus mergulhos e usado lupas que distorcem as imagens. Agora eu só quero me preocupar com uma nova disposição dos móveis na casa enquanto ponho as roupas sujas na máquina de lavar.


03 fevereiro 2008

Era uma vez...

Era uma vez... numa terra muito distante... uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!

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Enquanto passam as horas, meus pensamentos teimam comigo, e a tinta que vos escreve, continua sem rumo, vêm as palavras confusas, e os pensamentos desconexos, prontos para enlouquecer-me, neste mar de incertezas. Vão-se os minutos que tornan-se anos, e a mente calada zombando de mim. Ri de todas essas minhas desilusões. Quanto mais perto pareço chegar, mais longe estou, e entendo o porque do meu afastamento!

02 fevereiro 2008

Tu não entendes o que sinto

Por que cupido traidor,
vem trazer ao meu coração tanta dor?
sua missão é nos fazer amar,
só que vive nosso coração tentando enganar.
Você agora ao limite chegou,
e o recorde da crueldade ganhou,
pois fez-me apaixonar,
por quem nos meus braços não posso pegar.
Tu não entendes o que sinto,
e vive dizendo que eu minto,
isso é por que você tem frustração.
Não tenho culpa que não sinta paixão,
Mais não é justo me fazer sofrer,
Pois o meu grande amor não posso ter.
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Infantil né, mas fazer o que??? eu xou quianxa mesmu! Photobucket

01 fevereiro 2008

Instantes


Se eu pudesse viver novamente a minha vida... Na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeita, relaxaria mais. Seria mais tola ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério, seria menos higiênica. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres. Subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, comeria mais sorvete e menos lentilha. Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas se pudesse voltar a viver trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos. Não percas o agora. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalça no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, hoje me sinto como se estivesse com 85 anos, e... morrendo.