31 outubro 2007

Poente


( ...às vezes penso que tenho que cortar algumas coisas na minha vida... bom, acho que vou começar pelo cabelo... )
*
Deita tua voz em meus ouvidos ferindo a castidade que me faz dormir tão cedo.
Preciso das pontas dos teus dedos para que a insônia crave em mim as suas unhas
e eu te guarde, enluarado, entre os meus segredos.
Desenrola teu desejo sobre a minha pele crua para que a minha boca beba na tua,
esse hálito de flor.
E provoque uma súbita troca de posições
onde meus cabelos pendam sobre o teu rubor.
(Para que eu me despeça da maldade do querer entardecido de ausências
deita tua fome em nossas pendências).
E deixe que o dia brote do horizonte como se fosse do mais íntimo da gente:
adormeceremos ensolarados e castos
como o poente.

30 outubro 2007

Talvez...

Talvez a verdadeira intimidade eu só tenha buscado com as palavras, e tenha me entupido delas no momento em que poderia estar aprendendo alguma coisa com alguém. (Faço um muro de palavras entre mim e as pessoas. Sou auto-explicativa só para confundir.)
Talvez eu tenha nascido para uma vida desapaixonada e culta. Talvez eu nunca tenha olhado verdadeiramente o outro, e só tenha visto o texto pronto que criei para ele. Talvez eu não conheça o que julgava conhecer. E isso me entupiu de certezas que eu não soube abandonar ao longo do caminho.
Uso palavras para não sofrer, para plagiar uma dor, para fingir que sou leve e que está tudo bem. Uso palavras para falar de uma chuva que talvez eu não conheça porque ele não me permitiu ficar encharcada dela. E ela virou a metáfora de um relacionamento que pode ser tristemente poético.
Talvez eu só tenha sentido saudade para falar de outras coisas. Para usar a palavra "saudade" mesmo, que eu adoro. Acho que estou muito cansada. Falei demais das coisas e, no entanto, não toquei verdadeiramente em nada. Observei e descrevi, cheia de filtros semânticos. Dentro da minha limitação eu interpretei o Universo para que eu coubesse nele, em mim. E alienei as pessoas dentro de conceitos. E arranjei um sentimento para cada coisa. E pensei que assim, tudo estaria em ordem, sob controle. Eu que me julgava não julgadora, me considerava livre, agora tendo que empurrar as grades dessa prisão de certezas que criei para mim. Sem poder culpar ninguém. Usando um discurso de alguém que dizia que não queria magoar o outro para descobrir que no fundo só se importou consigo mesmo e com os meus medos. Ele não deixou que eu experimentasse o que havia de melhor ou de pior nele. Não deixou que eu escolhesse. Manteve o muro de palavras e um discurso pronto para continuar a salvo do outro lado. E eu... que sempre falei de pontes...
Talvez eu seja virtualmente inacessível. Alguém que se entope de adjetivos para entender as coisas e dizer que não se preocupa em entender nada. Eu sempre falei de amor, e continuo amando ele em toda a dimensão da pessoa que ele é.
Talvez eu só tenha dançado para fingir que gostava de música. Talvez eu só tenha bebido para fazer parte de um círculo social. Talvez eu só tenha aceitado certas coisas para poder ser chamada de amiga. Mas não me apaixonei para fazer parte do círculo de pessoas que sorriem falsamente dizendo que amam quem não amam mais... minha paixão por ele é invejável...
Talvez eu escrevo para dominar a minha dor na escrita.
Acho que estou realmente cansada. Falei demais sobre tudo e continuo no escuro. E a minha recusa em tocar nas coisas me impede de sair tateando em direção à luz. E mais uma vez eu uso palavras para tentar me defender de algo, de mim.
Talvez eu só tenha escrito isso tudo para conseguir chorar... E usar a palavra "talvez" pode ser o início do abandono de tantas certezas; o início do uso mais corriqueiro da frase "eu não sei".
Talvez isso seja um começo de alguma coisa.
Talvez isso seja um fim.
Talvez sejam apenas hormônios...
Mas isso tudo se parece muito com tristeza...
EU NÃO SEI.
*
EU SOU ESTAS RETICÊNCIAS ENTRE PARÊNTESES: (...)
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Não aprendi a empinar pipas, mas a empilhar frases. E tive que me familiarizar com desmoronamentos. Por isso, procuro palavras regeneradas que façam algum traço de cor no céu. Eu não aprendi a desenhar fatos novos, mas a restaurar letras encontradas em entulhos e paisagens adoecidas pelo tempo. Às vezes, entre os destroços, eu descubro paradoxos como um mar de águas-vivas mortas. Às vezes, entre os escombros, eu recupero uma alegria virando pelo avesso a tristeza empoeirada. Um dia, eu reconstruí um poema apenas com os detritos de uma flor. E ressuscitei uma metáfora que estava dentro de uma frase irrecuperável...
Minha poesia nada mais é do que a tentativa de resgatar
essas emoções soterradas.
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Às vezes me perguntam...
- Rê, o que você faz quando está muito triste e cansada, mas não consegue dormir?
E eu sempre respondo...
- Eu componho um pranto.

29 outubro 2007

Medo

Meu maior medo é viver sozinha e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinha, jantar sozinha e me esforçar em me manter ocupada para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinha depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranha e anti-social. Meu maior medo é não conseguir acabar um refrigerante sozinha. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é ficar escrevendo aqui, para não pensar em mais nada.
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Eu vou morar em você
e arreganhar todas as frestas
pra que o tamanho do seu abraço
seja também o da sua entrega.
E a gente vai viver de arredondar palavras,
de deixar traumas pra trás, sobre as calçadas,
de escrever poemas sobre flor
e acordar dizendo:
Bom dia, minha Margarida !!!
Bom dia, meu Girassol !!!
Boa noite, meu amor!
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Mesmo que tivesse sido só um beijo... ainda sim, valeria a pena...
E eu... faria tudo de novo.

28 outubro 2007

Segredo...

É com força que eu aperto os dentes pra pedir que você venha e que me tenha, eu te quero meu poeta, eu te tenho meu escravo. Sou pudica, frágil, puta, vadia, vaidosa, sua... eu ordeno, eu imploro, mas eu quero assim, intenso, dentro, agora, até te deixar exausto, te caço, te engulo no abraço, te domo pelo pêlo, te arranco suor e saliva, sou a palavra nua, úmida do teu verso de sêmen, sou tua cria, tua poesia, a metáfora que você idealiza, eu vivo em brasa, eu vivo de brisa, te acolho, repudio, bato, eu te quero inteiro, qualquer coisa eu faço, tesão não é a minha reação, tesão governa minha vida...
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(Mas um segredo que quero revelar... é que um dia eu quis dizer que o amava tanto,
e fiquei nervosa, a garganta seca, a frase grave e eu não consiga falar, explicar...
Então eu quis dar leveza aquilo tudo e disse apenas aquela frase...
só tive coragem de dizer que você era a razão do meu banho demorado).

27 outubro 2007

Abismos de mim

Porque fazemos nossas lacunas não do tamanho das nossas falhas, mas do tamanho das arestas do outro. E onde parece haver um ato de total coragem, pode apenas ser a nossa mais pura covardia. Porque a nossa aparente generosidade, pode somente dar a dimensão do nosso egoísmo, da necessidade de manipulação e senso de auto-importância. Porque descobrir que quem te ama não precisa de você, tinha que ser bom, mas o ego só deixa doer. Porque onde sobra amor pelo outro, pode simplesmente ser a falta do mesmo... por si próprio.
(Na maioria das vezes, quando alguém nos abandona, é porque já fomos embora de nós mesmos).
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O que dói em você, eu não sei.
Eu não cavei teus abismos de mim.
Fui teu abrigo, teu barco
e lua cheia iluminando caminho.
Você escureceu nosso afeto,
você minou nosso rio.
Pra eu ficar, só precisava do seu toque
um agasalho
você me deu esse punhado de frio.

26 outubro 2007

Um pouco de mim...

Eu nasci com um certo medo de incomodar, depois de um tempo comecei a ser eu mesma pra saber se o medo tinha fundamento. Não sou alvoroçada, barulhenta, quando estou alegre eu rio alto, faço piada de tudo, rio de mim mesma. Isso vai dando uma coragem na gente de ter mais luz. E aí a tal beleza exótica que sempre me disseram que eu tinha passou a ser um elogio. Antes eu ouvia isso como uma forma que a pessoa tinha de me dizer que eu não estava certa, ou se eu era bonita ou feia, mas nasci velha... angustiada com questões tão mais abstratas que nem tive muito tempo de criar complexo, mas pra investir em amplexos. E fui criada em meio à todos sozinha, fazendo o almoço com 6 anos de idade e acordando às 5hs pra preparar o café-da-manhã antes de ir pra escola. Mas sempre estudei com vontade. Na adolescência eu mesma me disciplinava menina por vontade que eu tinha de cuidados comigo, me enchendo de auto-restrições dentro da vontade de transgredir que todo adolescente tem. E sempre fui uma criança melancólica, preocupada com os problemas dos adultos, porque os arianos são assim, nascem disciplinados, responsáveis demais. Um dia ouvi duas mães de amigas minhas comentando: "essa menina é como uma fruta fora de estação que amadureceu à força". Nem entendi na época. Hoje, minha mãe me chama de MÃE! Não vejo tristeza nenhuma nisso, maturidade é uma coisa que facilita demais a vida da gente. É estranho, mas entendo dores que nunca tive. E tive dores que ninguém teve, mas nunca banalizei nenhuma. Porque parece que tudo dói do mesmo jeito e aprendi a cuidar do outro de uma maneira que não me souberam. Daí, descobri os amigos. Não rivais, amigos. E também descobri o desejo de um corpo por outro corpo, bem tarde já, pra época que estamos. E sempre tratava melhor amigo que namorado, porque antes de conhecer o Pedro nunca consegui me sentir pertencendo a nada, a ninguém. Eu sofria demais com a idéia do abandono. Pelo menos, amizade seria eterno e duraria. É porque abandono tem o acostamento largo, além de ser estrada deserta e escura. Nunca parei pra trocar pneu na estrada do abandono, mas sempre me deixaram sozinha, depois de um falso amor, no estrado de uma cama ou na estrada deserta. Sem nada nem ninguém. Mas eu tinha a mim mesma.
Eu negocio com essas coisas todas, com perdas, vejo ganhos em danos, não fui criada com danoninho, mas com tutano de boi. Quase não se vêem as costelas no meu corpo, sou robusta emocionalmente. Tenho a mão pesada, o corpo macio pro afeto. Tenho doçura sem ser meiga e minha voz é forte e clara. O meu colo é largo, sem que eu seja gorda. E o meu nome se parece muito com meu jeito.
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Minhas flores eu planto no papel reciclado.
As outras, eu presenteio.
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Ele não declama mais poemas, mas desata em mim um monte deles, como sempre. E fui dormir mesmo sem sono, porque somente nos meus sonhos a nossa história acaba bem.

25 outubro 2007

Flores...

Deitado ao meu lado, seus dedos deslizaram pelas minhas costas
abrindo fendas e poros,
tecendo caminhos,
amanhecendo desejos.
Afastou meus cabelos da nuca pra roçar o seu queixo.
Eu sentia a sua respiração no meu ouvido, seu sopro de vida entrando em mim.
Desajuizada e mansa, deixei que com um movimento de braço
levasse meu corpo em posição de feto pra dentro da concha do corpo dele.
Naquele encaixe, com o nosso melhor calor, ficamos ali,
desabotoando fomes, desamarrando sentimentos.
Meu coração estava na boca... pro beijo.
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Ele não me acordou.
Ele entrou no meu sonho.

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Não consigo imaginar um mundo sem flores... Mas as paredes do meu quarto são tristes, tristes: apesar de verdes, nada brota delas....

24 outubro 2007

Ele... Eu...


Eu chegava sempre alvoroçada, com pressa pra consumar o amor. Quando me demorava no abraço, ele fazia eternidades daquele instante. Envolvia-me com zelo temendo qualquer movimento que o afastasse, qualquer menção de buscar a roupa espalhada. Ele o fazia cheio de delicadeza, não havia como me prender por mais que algumas horas. Buscava um brilho do meu olhar em sua direção, uma entrelinha num sorriso breve, uma malícia qualquer na piscada de olho antes da ida para o banho... Ele nem esperava meu convite, pois ele me tinha em abundância....
Aí teve um dia que ele não me abraçou como sempre, esperou que eu me aproximasse. Disponível que estava, mas seguro da sua parte feita, esperou que eu me assustasse, que entendesse que eu poderia não voltar se eu não quisesse. Com alguma dor, naturalmente. Mas estava sereno, quase se despedindo, conformado. E eu me sobressaltei. Porque poderia me acontecer tudo, menos perde-lo. Não queria nem sequer pensar na ausência do toque dele, a falta do beijo, a serenidade que cabia no desejo. Eu esperava alguma coisa mais aflita, uma paixão que gritasse pra eu ficar, um desespero, os argumentos. Mas não, ele me contemplou sem falas, sem pedidos, deixou que todo aquele tempo fosse preenchido por grossas gotas de silêncio e calma. Naquela hora, naquele meu sorriso sem jeito, naquele olhar cheio de frases, um brilho, um brilho tão forte abraçou todo ele com as minhas retinas. E eu o vi como nunca tinha visto antes. Eu o quis como se nunca o tivesse tido entre as minhas pernas. E abandonei o meu corpo no abraço dele, eternizada...
*
*
Ele podia estar horas ali e era como se tivesse chegado só naquele instante.
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Ele, abusivamente sedutor... Eu, docemente pornográfica.
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E para te sentir, só é preciso que eu me toque...

23 outubro 2007

Tua imagem

Tem jeito não. A lembrança dele me arranca o sono nas madrugadas com a urgência de quem quer amor, quando eu só precisava descansar da violência das minhas fomes... daí eu ter posto musiquinha triste pra embalar meu sono... Mas a imagem dele está em mim, e ele invade meus sonhos com nome e sobrenome... E sussurra, quase que em carne e osso, as palavras mais levianas no meu ouvido. Eu fico pensativa: tenho um amor tão bonito dentro de mim e nem posso dizer isso à ele... Fico abundante de coisas pra compartilhar sem poder, e aí é que tudo se complica... Volto a dormir, agasalhada só na saudade, com essa melodia triste, nessa madrugada fria... sentindo saudades das SUAS especialidades...
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Mas o nosso beijo não é só a boca dele se desmanchando na minha, não. Primeiro ele segura meu rosto com as duas mãos, afasta meu cabelo do olho e vai contornando os meus lábios com os dele até desenhar um coração. Depois se demora mordiscando a minha boca oferecida como a uma fruta suculenta e madura. E me olha fundo... mergulhado... bem dentro do meu olhar castanho amolecido... E as nossas escuridões é que se beijam...
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Eu só queria que fosse bom, e foi incrível.

22 outubro 2007

Intensa

Se eu não fosse tão intensa,
Eu não teria essa fome, essa urgência,
Não teria essa sede embrulhada numa emergência,
Me pedindo
Se eu não fosse tão intensa,
eu dormiria em paz uma noite inteira,
(talvez um pouco mais)
Sem me arder o corpo em febres e
desejos de inícios conjugais
Eu não surtaria de abstinências.
Ah, se eu não fosse tão intensa
Eu não devoraria com os olhos,
meu corpo não gritaria o desejo
Minha boca até negaria um beijo.
Se eu não fosse tão intensa,
Eu não umedeceria os lábios
numa prévia de aconchego
Não vibraria em ouro e dor
No anseio do seu beijo
Se eu não fosse tão intensa
Eu sempre teria um outro pretexto.
Eu me encaixaria em outro contexto...
Mas se eu não fosse tão intensa...
Eu não seria esse texto.
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Ele é mais contido, cuidadoso nos gestos, fala pouco e quase não se derrama.
Às vezes me olha cheio de encantamento e, prestes a pronunciar a tal frase de impacto, desiste no primeiro impulso do momento exato.
E quando saía de órbita, escrevia um poema sem título.
Eu sou doce e ardente, esparramada na fala, exagerada no toque.
E tem dias que me humilho à ele por um pouco de atenção.
E do poema inteiro, sempre prestava a atenção no título ausente...
Dentro de tantas expectativas, seguiámos nos amando desajeitadamente: Ele de um jeito delicado porque não precisava de mim... E eu, toda encantada, o amando loucamente.
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Só uso a palavra para compor meus silêncios.

21 outubro 2007

Ainda...

Eu não espero nada de você...
Eu espero por você.
Se a paciência foi inventada pra isso
É pra isso que ela vai servir então.
E quando você vier, num dia de chuva azul
Ou sol vermelho
Ou dentro de uma noite absoluta
Eu estarei com as duas mãos no colo,
Uma expressão serena
E cheia de segredos ardentes pra te contar.
Mas não quero assustar você,
Quero que fique totalmente à vontade pra começar
Tirando as presilhas do meu cabelo
Esparramando-as sobre todos estes poemas
que você nem leu...
...Ainda.
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Eu espero... mas se preciso for, vou ao encontro.

20 outubro 2007

Margaridinha

( A maioria das pessoas que eu conheço já conhecem este meu texto, mas eu precisava postá-lo aqui também. )

Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal-resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo e não estou aqui pra que vocês gostem de mim, mas pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho e seduzir somente o que me acrescenta.
Quando amo, amo intensamente, e meu amor vira poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra. A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou intensa, transitória e quando estou feliz, a alegria que tenho quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem vida pra gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro de alguma forma, no toque mesmo, na voz ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos:
são eles que me dão a dimensão do que sou.
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Agora, tem um lado muito romântico meu que acha que um dia a "tal pessoa" virá e enroscará uma margaridinha nos meus cabelos, fazendo pousar no meu rosto o sorriso de um beija-flor... e dirá que me ama sussurrando ao pé do meu ouvido.

19 outubro 2007

Não quero...

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Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo... Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe... Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim".
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!!
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18 outubro 2007

Quero...

Eu te quero,
E quero tanto,
Por teus olhos, Sonhadores
Teu sorriso Infinito
E tua voz
Assim tão doce
Que me toca
Assim tão fundo
Que me faz
Querer-te tanto.
Mas não te quero
Tão distante
Quando voas
Prá tão longe,
Sei lá onde
Ou talvez
Em pensamentos
Pois ausente
Só me fica
A vontade Assim tão grande
De você
De teus olhos
De tua boca
De tua voz
Do teu peito
Dos teus braços
Teu abraço
Do teu corpo
No meu corpo
Pois em troca
Já me tens
Tens minha alma
E, se quiseres,
Para sempre
Tudo aquilo
Que sou eu

17 outubro 2007

Desejo...

Entregas que se dão sem um limite
Dos corpos que sedentos não se cansam
Da busca de um prazer extasiante,
Orgasmos que queremos já se alcançam.

Nossos corpos se entregam ao prazer
Encaixam-se de forma bem suave, lenta.
Sinto-te deslizando tocando meu íntimo
Nós gememos numa volúpia intensa

Um calafrio de excitação te percorre
Sentes minha boca te degustando
Língua ávida prova seus sabores
Seu licor num gozo pleno derramando

Sentindo teu prazer se derramando,
Meus lábios vão sugando cada gole
Que aflora de forma sensual,
Não deixa sobrar nada, e tudo engole.

Servida de teus vinhos, me inebrio,
Tocada pelo cio insaciável,
Ardentes emoções proporcionadas,
Além do que pensara imaginável.

Sobe um frio fininho pela espinha
Ao te sentir dentro de mim latejante
Teu sexo desvenda meus segredos...
Faz-me tua fêmea, tua mulher, amante

Eu quero cada gozo que tiveres
Nas chamas do desejo que não cessa.
Fazer-te mais feliz em cada cópula,
E podes me cobrar esta promessa

E teu sexo assim me lambuzando
Teu cheiro, teu corpo encostado no meu
Quero-te. Agora. Nesse minuto, vibrando.
Deixa que meu gozo se misture no seu

Adoro ver seu rosto másculo feliz
Porque meu corpo é teu, toma-o loucamente.
Vejo o desejo de quem me tem e quer mais
Então prometo ser sua para sempre.

16 outubro 2007

Essa sou eu

Essa sou eu...
mais uma alma perdida no mundo
mais uma alma que não acredita no futuro...
que não acredita no amanhã...
Eh... essa sou eu...
um anjo com as assas quebradas impedida de voar...
Essa sou eu..
aquela que grita e ninguém escuta...
que chama e ninguém percebe...
que chora e que ninguém vê...
Essa sou apenas eu...
mais um ser sem rumo,
sem amparo
sem colo...
Essa sou eu..
aquela que escreve pra ninguém ler...
que sofre sem ninguem saber...
que se perde dentre seus próprios pensamentos...
que tem medo dos seus próprios medos...
Eh... essa sou eu...
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Você precisa só de um minuto para reparar em alguém, uma hora para gostar, um dia para querer, mas se precisa de uma vida inteira para conseguir esquecer.

15 outubro 2007

Ao acaso

Quero a saliva de teus lábios
escorrendo em minha boca
E a saliva do teu sexo
escorrendo em minhas coxas...
Um dia ainda te encontro
ao acaso em algum momento
em uma das muitas
infinitas e estranhas
esquinas do tempo...

14 outubro 2007

Lindão né...

Foto: ( apenas para deixar minhas amigas que ficam xeretando aqui, morrem de inveja... Lindo demais né... um dia eu "peguei"... Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket ) Agora caiam fora daqui Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket, vão ver outro blog, e se eu souber mais uma vez que vocês entraram aqui e ficaram de "zoio" comprido... eu coloco o nome de vocês na boca do sapo!!! Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket
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13 outubro 2007

Testamento

Foto: Meu primeiro pedaço de melancia... rsrsrsrs
*
*
Peço desculpas, se falar de morte não lhes parecer correto, mas depois que li um testamento entre os escritos de um certo principe, senti mais que uma vontade - uma necessidade - de fazer o meu testamento, talvez por querer que o mundo saiba o que deixei dele para os outros...
*
*
Para os meus pais, eu deixo meu amor mais profundo, e meus agradecimentos sinceros e meus pedidos de perdão... por todas as brigas e discussões, por todos os sonhos roubados, pelas noites em claro. deixo meu sorriso largo, de quando meu pai contava as piadas sem graça que me pareciam as melhores... deixo minha eterna amizade pela amiga de todas as horas que foi minha mãe e que muitas vezes eu não soube... deixo meu lugar à mesa... deixo meu banho demorado regado a pequenas broncas... deixo a saudade imensa dos tempos da infância, que por vezes vem e nos assombra...
Para os meus irmãos, e seus descendentes, eu deixo toda a vontade que tive de passar mais tempo perto deles, e todo o tempo em que pude passar com eles, tempo em que ria das maluquices infantis deles, me esquecendo de que provavelmente eu era tão maluca quanto, quando era criança... deixo as piadas e as brincadeiras por vezes até sem graça... e deixo esse amor grande de tia e de irmã mais nova...
Para os amigos, peço perdão pela minha ausência nesses ultimos anos, mas deixo os bons anos da minha infância e da minha juventude, deixo marcado cada fase de minha vida, onde muitos vieram, e muitos também ficaram... agradeço os conselhos, mesmo os que deixei de ouvir, agradeço as mãos que se estenderam quando chorei, e as que me abraçaram também quando pedi... as risadas, as canções, as confusões... deixo aqui muito menos do que levo... pois levo a lembrança, de tempos que não voltam, mas que sempre rendem noites inteiras de recordações e sorrisos e por vezes lágrimas...
Para este homem que eu amo, deixo meus pedidos de desculpa, por eu ser um nada, tendo que chegar ao ponto dele ter que me dizer que fui uma ilusão... mas deixo também a lembrança do meu sorriso, deixo todo meu coração, minhas cartas melosas e românticas... meus pedidos de desculpas pelos dias tristes... deixo discussões bobas pelos meus inumeros ciúmes, deixo nossas brincadeiras, deixo meu jeito desastrado e tolo... e agradeço pelos conselhos, pelas conversas, mas agradeço mais ainda por me fazer sonhar com um grande amor, e por me fazer concretizar conhecendo ele e o amando...
Existem tantas pessoas para as quais eu gostaria de deixar algo... mas não tenho muito, apenas uma xícara de estimação pra tomar café, alguns lápis de cores de que gosto, e muito papel em branco... alguns livros que não li... são coisas de valor insignificante para os outros, e acho que isso me fez pensar que se eu morresse agora, não deixaria nada... mas como podem ver, eu me enganei... deixo muito de mim em cada um, deixo meu sorriso e por vezes até uma melancolia natural, que eu gosto de ter por acreditar que ela não me torna fria nesse mundo sem nexo, deixo todos os meus sonhos e minhas palavras... deixo meu agradecimento profundo e sincero, a esse mundo que por vezes é tão cruel comigo, mas que ainda me deu uma grande capacidade de amar e de sorrir com o inusitado... de me divertir mesmo que poucas vezes, de amar tanto, tanto, a fim de acreditar piamente, que eu poderia ser muito feliz...
*
*
Este texto foi escrito apenas com o intuito de dizer que eu amo todos vocês, que de uma forma ou de outra passaram pela minha vida... e que não importa como estou agora, meu amor é eterno.

12 outubro 2007

Sou

Eu sou aquelas páginas que ele arrancou, os suspiros que ele abafou, o prazer que ele omitiu, a transgressão, a poesia escondida entre as cartas não entregues... Talvez para ele era pra eu ter sido a brincadeira de uma noite, a sobremesa de um casal, e, da garrafa de champanhe, apenas a terceira taça. Depois fui transformada num segredo, numa espécie de doença fatal.
Eu sou a pessoa pra quem ele ligava de madrugada, a quem ele procurava clandestinamente quando ela saía. Eu sou o motivo de todas as brigas necessárias, mas que sempre existiram. Eu sou a tentativa de salvar uma relação falida. Mas me tornei um susto, um peso, o imprevisto pra quem tinha sua narrativa sob controle.
Eu sou aquele ponto e vírgula no lugar do ponto final de quem já tinha escrito o último capítulo do seu romance morno. Eu sou as metáforas novas, a viagem inventada, os dias que ele sorria espontâneo e que me fazia sorrir. Eu sou o orgasmo mais intenso, a febre entre os lençóis, a dança dos travesseiros coloridos. Eu sou o carinho sem pedir, o banho do prazer inesperado, o beijo de cinco em cinco minutos. Eu sou o poema que relata o encaixe dos nossos corpos. Sou a história sobre anjos, sobre fadas e o abraço mais apertado.
Eu sou as páginas que ele desistiu de publicar pra se proteger, e se preservar.
Fui arrancada da história dele como essas páginas. Fui escondida entre juras de um falso amor que ele fazia à ela e ela à ele. Eu sou as tantas frases amassadas, descartadas da seleção dos capítulos. Mas sou a poesia escrita, tatuada no corpo. Sou a única digital que ele não conseguiu tirar no banho.
Eu sou essa emoção que ele rasgou da narrativa pra que os holofotes se voltassem todos pra sua história de amor mais convencional. Eu seria a quebra da linearidade, a falta de estrutura do texto, o capítulo independente do resto do livro, aquela que sobreviveu sozinha.
Eu sou o sentimento verdadeiro, o reconhecimento que ninguém havia lhe dado. Eu sou aquela que ele não precisou pedir atenção, e nem pedir para ser amado. Eu sou o simples, o espontâneo, o inesperado. Eu sou aquela que disse "eu te amo" antes dele. Sou os versos mal elaborados e apagados por ele. Eu sou a preocupação ciumenta. Eu sou a apaixonada que ama e que não sabe e não consegue agradar, e que nunca agradou. Eu sou a menina que fala como uma criança, mas que é uma mulher. Sou o sonho e o desejo de pegar na mão dele e ir na frente de todos e dizer "eu tenho orgulho de amar esse homem". Eu sou o silêncio deitado no quarto, eu sou a musica que lembra. Eu sou as flores invadindo a tarde dele desavisadamente. Eu sou o final da espera, o amor de outras esferas.

11 outubro 2007

Na tua porta

Desobedeço a pressa e me demoro criando um verso torto pra nossa história...
*
*
Desembaraço meus cabelos com os dedos pontiagudos do teu desprezo. “Desestabeleço” as regras que você criou pra não me ver e apareço nua à tua porta numa dessas madrugadas frias. E deixo você tenso quando tento, argumento, deito ao lado. Diz um não cheio de sim e deixa: me abraça todo contrariado. Fico rouca pra sussurrar no teu ouvido melodias eróticas. Por que você não me quer ainda? Se eu danço dentro dos teus olhos e embaço tuas retinas de desejo... Espalho sorvete no seu corpo e sorvo inteiro o líquido já arrepiado. Sua mágoa tola respinga em mim e eu não ligo. Se é o desejo que faz minha boca macia pra você beijar... E é no suspiro do último prazer que eu me contorço inteira em chamas azuis... Rabisco clavas de sol com a língua no seu sexo e engulo o seu ressentimento leitoso. Você geme forte e nada diz. E é nesse intervalo silencioso, que bebo no teu sêmen tua semântica. Vou embora para que me peças para voltar, e é com voz flácida que me despeço com um adeus que eu nunca quero dizer... E só pra que não fiques sem resposta, deixo o adeus pregado ali: do lado de fora da tua porta.

10 outubro 2007

Almas


Dizem que para o amor chegar não há dia, não há hora nem momento marcado para acontecer. Ele vem de repente e se instala no mais sensível dos nossos órgãos, o coração. Começo a acreditar que sim. Mas percebo também que pelo fato deste momento não ser determinado pelas pessoas, quando chega, quase sempre os sintomas são arrebatadores. Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada. Quando duas almas se encontram o que realça primeiro não é a aparência fisica, mas a semelhança d'almas. Elas se compreendem e sentem falta uma da outra. Se entristecem por não terem se encontrado antes, afinal tudo poderia ser tão diferente. No entanto sabem que o caminho é este e que não haverá retorno para as suas pretensões. É como se elas falassem além das palavras, entendessem a tristeza do outro, a alegria, o desejo, mesmo estando em lugares diferentes. Quando almas afins se entrelaçam passam a sentir saudade uma da outra num processo contínuo de reaproximação até a consumação. Almas que se encontram podem sofrer bastante também, pois muitas vezes tais encontros acontecem em momentos onde não mais podem extravasar toda a plenitude do amor que carregam, toda a alegria de amar e querer compartilhar a vida com o outro, toda a emoção contida à espera do encontro fatal. Desejam coisas que se tornam quase impossíveis, mas que são tão simples de viver. Como ver o pôr-do-sol, caminhar por uma estrada com lindas árvores, ver a noite chegar, ir ao cinema e comer pipocas, rir e brincar, brigar às vezes, mas fazer as pazes com um jeitinho muito especial. Amar e amar, muitas vezes sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo sem que a despedida se faça presente. Porém muitas vezes elas se encontram em um tempo e em um espaço diferentes do que suas realidades possam permitir. Mas depois que se encontram ficam marcadas, tatuadas e ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas, elas jamais conseguirão se separar. E o mais importante: terão de se encontrar em algum lugar. Almas que se encontram jamais se sentirão sozinhas porquanto entenderão, por si só, a infinita necessidade que têm uma da outra para toda a eternidade...
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Podem matar uma, duas ou até três rosas, mas jamais poderão deter a primavera.

09 outubro 2007

Você mora dentro de mim...

Foto: Eu e meu sobrinho Leandro
*
*
Eu te Amo...
e te amarei durante toda minha eternidade...
Te amarei nos seus gestos,
Te amarei no seu sorriso,
Te amarei na sua voz,
Te amarei no que você é!
Sim, eu te amarei em tudo...
No ar que respiramos,
num simples cântico dos pássaros,
no alvorecer, no crepúsculo,
na morte...
Eu te amarei no sol que explode sua luz para iluminar a Terra.
Te amarei nas chuvas que caem...
Na vida...
No fim...
E Nem mesmo o céu ou o inferno
podem tirar esse sentimento de mim.
Sim, eu quero te amar,
Te amar nas minhas horas de tristezas,
pois sua lembrança só me traz alegrias...
Te amar quando a alegria chegar,
pois amor e alegria são a própria felicidade
e serei feliz se puder te amar...
Sim, mesmo que em minha vida não existam trevas,
Quero te amar.
Mesmo que o amor se torne algo extinto,
Quero te amar.
Mesmo que a luz do mundo se acabe,
Quero te amar.
E somente a vontade de Deus
seria capaz de me tirar todo esse amor
que alimenta minha própria existência...

08 outubro 2007

Oração


Em minha oração senhor, eu não te peço muito, somente peço, que para os meus versos nunca falte inspiração... Peço que a poesia me acompanhe em todas as horas, todos os dias, e que nunca me falte palavras para expressar o que sinto... que o amor que sinto por ele, sejam transformados em inspiração, e toda inspiração em uma mensagem, em forma de poesia...
*
*
Quando eu vi ele pela primeira vez, não vi um principe, mas sim um homem que foi capaz de cativar meu coração e me enlouquecer de paixão sem eu ter que me esforçar para gostar dele.

07 outubro 2007

Menina

Cresci, tenho corpo, sou adulta.
Não gosto que me dêem ordens.
Mas ainda sou pequena.
Sofro quando sou ignorada.
Faço-me de forte para não me tornar vulnerável.
Tenho o maior medo de revelar meus sentimentos!
Mas... Já sou grande.
Aprendi matérias importantes.
Sou capaz de ler em língua estrangeira.
Interpreto Machado de Assis e outros poderosos da literatura.
Sou capaz de discursar sobre os olhos dissimulados de Capitu...
Porém... Ainda sou pequena.
Sofro quando não sou correspondida e não sei lidar com traição.
Tento me fazer de crítico para não chorar.
E às vezes choro escondida no banheiro.
Pareço louca para você?
Não amigo!
Sou apenas alguém que está aprendendo as lições da vida.
E os passos do crescimento.
Tomara que eu consiga crescer,
Sem me maltratar demais...

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A solidão é uma arma que mata mesmo não tendo ninguém para dispará-la.